Categoria Incêndio  Noticia Atualizada em 22-12-2010

Incêndio em prédio da Oi já dura mais de 20 horas
A assessoria da empresa de telefonia informou que os reparos nos serviços pestados serão inciados assim que o prédio for liberado
Incêndio em prédio da Oi já dura mais de 20 horas
Foto: www.correio24horas.com.br

Já dura mais de 20h o incêndio que atinge o edifício da operadora Oi, no bairro do Itaigara. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a estrutura do imóvel já está comprometida. Ainda segundo os bombeiros, os fios que estão sendo destruídos pelo incêndio são de borracha e revestidos com uma chapa metálica, o que tem dificultado o controle das chamas.

A assessoria da empresa de telefonia informou, através de nota, que os reparos nos serviços pestados à população serão inciados assim que o prédio for liberado pelo Corpo de Bombeiros. Os números de emergência 190 - da polícia e bombeiros-, 192 - do SAMU - e 118 - da Transalvador -, já estão atendendo normalmente à população após terem ficado incomunicáveis devido ao incêndio.

O incêndio começou por volta das 9h30 desta terça-feira (21) no segundo andar da central da empresa de telefonia no Itaigara, na Avenida ACM, e fez a vida de milhões de pessoas de toda a Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Piauí e Maranhão cair na caixa. Somente no estado, há 2,8 milhões de linhas de celular - 1,57 milhões em Salvador e Região Metropolitana. Telefones fixos somam 1,2 milhões.

Foco
O fogo começou no segundo andar da empresa. Não se sabe ainda se na sala de bateria, onde fica o sistema No Break, espécie de gerador que impede que o serviço fique fora do ar, ou na sala de transmissão, por onde as ligações de telefones fixo, celular e conexão de internet necessariamente circulam para serem completadas. "O foco começou no cabeamento", disse o coronel Nelson Vasconcelos, do Corpo de Bombeiros.

A maior dificuldade para os bombeiros são os cabos, instalados sob uma chapa metálica que atrapalha o combate. Mas este não é o único obstáculo. A espessa fumaça negra que saiu durante todo o dia pelas janelas do prédio é tóxica - as baterias que incendiaram têm ácido sulfúrico. Três bombeiros passaram mal e foram socorridos ao Hospital Geral do Estado (HGE).

O calor impediu que os bombeiros se aproximassem do fogo e as chamas só começaram a ser controladas por volta das 17h20, quando foi lançada espuma pelas janelas do 2º andar. Segundo um funcionário da empresa, que pediu para não ser identificado, a destruição do sistema de transferência da unidade impede a continuidade do sinal. "Existem várias unidades espalhadas pela cidade. Se uma queima, todo o sistema é interrompido", explicou. A sede do Itaigara é a segunda maior. A do Imbuí é a principal e recebe sinal de fora do estado. Uma equipe da empresa instalou, na tarde de ontem, um sistema alternativo para retomar o sinal dos celulares. Os problemas com acesso à internet e telefonia fixa, contudo, levarão dias para serem resolvidos.

Transtorno
No dia em que a Oi parou, operações bancárias foram suspensas e comerciantes deixaram de vender no cartão . O lojista Ian Menezes, 22, que saía do médico no Itaigara, não pôde sacar R$ 10 no Bradesco para voltar para casa, em Nazaré, ontem à tarde. "Como vou para casa? Não tenho um centavo na carteira", lamentou. A cuidadora Maria Raimunda Silva, 38, não pôde pagar as contas em uma casa lotérica no Supermercado Bompreço, no Itaigara. "A conta de luz, gás, telefone e fatura do cartão vão atrasar. Quero que a Oi pague os juros", queixou-se.

A empresa informou que a recuperação começará quando os bombeiros e a polícia técnica liberarem a área. "Assim que os técnicos da Oi tiverem acesso à central será possível estipular uma previsão para o restabelecimento dos serviços, que ocorrerá de forma gradual", diz a nota.

Fonte: www.correio24horas.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir