Categoria Geral  Noticia Atualizada em 30-12-2010

Ex-presidente de Israel é condenado por estupro
Moshe Katsav deve ser condenado a no mínimo quatro anos de prisão por abusar sexualmente de uma ex-funcionária
Ex-presidente de Israel é condenado por estupro
Foto: ultimosegundo.ig.com.br

O ex-presidente de Israel Moshe Katsav foi considerado culpado nesta quinta-feira de duas acusações de estupro, segundo informou o tribunal de Tel Aviv. A sentença ainda não foi dada, mas Katsav deve ser condenado a no mínimo quatro anos de prisão por ter abusado sexualmente de uma de suas funcionárias em 1998, quando era ministro do Turismo de Israel.

Katsav também foi condenado por assediar sexualmente outras duas mulheres que trabalharam para ele após sua chegada à presidência, em 2000. O ex-presidente, que tem 65 anos e é pai de cinco filhos, renunciou ao cargo em junho de 2007 e foi indiciado em 2009.

O juiz George Kara, presidente do tirubal, afirmou que Katsav "produziu provas" para tentar se livrar das acusações, mas que seus "supostos álibis foram reduzidos a pó". Kara afirmou que o ex-presidente "aproveitou de sua autoridade e da força física" para abusar sexualmente da funcionária.

A renúncia de Katsav ocorreu após fortes pressões políticas que começaram um ano antes, quando ele mesmo denunciou ao procurador-geral do Estado que estava sendo extorquido por uma ex-funcionária. A denúncia levou outras nove mulheres a acusarem Katsav por diferentes delitos sexuais.

Os advogados do ex-presidente chegaram a um acordo com a Promotoria de Israel segundo o qual Katsav se declararia culpado de vários delitos de assédio sexual, mas não de estupro, o que impediria sua prisão. No entanto, dez meses depois, no momento de referendar o acordo, ele mudou de ideia e disse que queria limpar seu nome na Justiça.

"Katsav fez uma arriscada aposta acreditando que a Promotoria não tinha provas suficientes contra ele", explicou uma jornalista do Canal 2 de Israel, que transmitiu a sessão ao vivo.

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir