Categoria Economia  Noticia Atualizada em 10-02-2011

Petróleo regressa aos ganhos com Brent acima dos 102 dólares
As cotações do petróleo inverteram para terreno positivo, com destaque em Londres. Egipto e previsões da AIE impulsionam movimento.
Petróleo regressa aos ganhos com Brent acima dos 102 dólares
Foto: www.jornaldenegocios.pt

O crude está já a negociar em alta nos mercados internacionais, sustentado pelo renovar de receios de que os protestos no Egipto levem a uma perturbação no fornecimento de petróleo do Médio Oriente e também pelas revisão em alta, por parte da Agência Internacional da Energia (AIE), da procura global de "ouro negro" este ano.

A AIE elevou, pelo quinto mês consecutivo, as previsões para a procura mundial de petróleo em 2011, em 1,5 milhões de barris diários, para 89,3 milhões de barris por dia. Além disso, referiu que os inventários nas economias desenvolvidas caíram para o nível mais baixo de dois anos.

O forte aumento das reservas de crude e de gasolina na semana passada nos Estados Unidos estava a pressionar as cotações do petróleo na abertura da sessão, mas os tumultos no Egipto e as estimativas da AIE estão a ter mais influência neste momento.

Na bolsa de Nova Iorque, o crude de referência (WTI) para entrega em Março avança 0,01% para 86,72 dólares por barril.

Em Londres, o contrato de Março do Brent do Mar do Norte sobe 0,81% para 102,64 dólares.

O diferencial entre o WTI e o Brent continua a assim marcar sucessivos máximos históricos. Nunca o Brent teve um "spread" tão elevado face ao seu congénere dos EUA. "Neste momento estou mais ‘bearish’ para o WTI devido ao grande aumento dos ‘stocks’ a quem assistimos", referiu à Bloomberg um analista da Mirae Asset Securities, Gordon Kwan.

"As tensões no Norte de África estão a manter os preços elevados", comentou à Bloomberg um analista do Raiffeisen Zentralbank Oesterreich, Hannes Loacker. "Enquanto esses riscos permanecerem, continuaremos a observar um prémio nas cotações", acrescentou.

O eventual encerramento do Canal do Suez teria um forte impacto sobre as exportações de crude por parte da Arábia Saudita e do Irão.

Fonte: www.jornaldenegocios.pt
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir