Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 03-03-2011

Corpo da menina Lavínia sai do IML de Duque de Caxias
Enterro está previsto para as 11h30 desta quinta-feira
Corpo da menina Lavínia sai do IML de Duque de Caxias
Foto:noticias.r7.com

O corpo da menina Lavínia Azeredo saiu do IML (Instituto Médico Legal) na manhã desta quinta-feira (3) e foi levado para o cemitério Corte Oito, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo informações dos parentes da menina, o caixão ficará fechado, pois o corpo estaria em fase de decomposição. O enterro está previsto para as 11h30. O corpo da criança foi encontrado na quarta-feira (2) em um quarto de hotel em Caxias. Luciene Reis, amante do pai da Lavínia, é acusada de matar a garota por asfixia com o cadarço de um tênis.

Acusada é presa

Luciene Reis deixou a 60ª DP (Campos Elíseos), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por volta das 22h10 da noite de quarta-feira (2) debaixo de pedradas e vaias depois de prestar quatro horas de depoimento. Ela foi transferida para a carceragem da Polinter em Magé, na baixada. Conforme informou a polícia, a suspeita confessou o crime no início da noite de quarta.

Agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil) tiveram que acompanhar a saída de Luciene da delegacia. Manifestantes atiraram pedras contra o carro onde estava a acusada. Os populares também xingaram a suspeita e a acusaram de assassina. Mais cedo, policiais tiveram que usar spray de pimenta para conter a manifestação que se formou na porta da delegacia.

O delegado da 60ª Delegacia de Polícia, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Robson da Costa, disse que Luciene Reis confessou ter matado a menina Lavínia Azeredo, de seis anos. Ele informou que a mãe de Luciene conversou com a filha e a convenceu a confessar o crime no depoimento prestado ao delegado substituto, Luciano Pinheiro Zahar.

Zahar disse que os pais da menina Lavínia devem ser chamados para depor novamente. O delegado substituto contou ainda que Luciene chorou durante o depoimento que durou quatro horas.

- Ela se demonstrou bem difícil durante o depoimento e chorava o tempo todo.

Imagens reforçam suspeita

O delegado Robson Costa conseguiu imagens do circuito interno de um ônibus que mostra a menina Lavínia na companhia de Luciene. Ele disse que as imagens serão usadas como prova de que a mulher matou a criança.

- Depois que conseguimos imagens, ficou difícil de ela não confessar. A mãe dela ajudou, pediu para a filha "começar uma vida nova".

Segundo o delegado, a suspeita tentava extorquir R$ 2.000 do pai da menina. De acordo com Costa, Luciene dizia ao pai de Lavínia, Rony dos Santos, que o dinheiro seria dado ao seu ex-marido, a quem ela acusava do sequestro da garota.

Com esse argumento, a polícia montou uma estratégia para pegá-la. Santos, com ajuda da polícia, marcou um encontro com a suspeita, dizendo que daria o dinheiro a ela. Luciene compareceu ao encontro e foi levada para interrogatório na delegacia, onde permanece na tarde desta quarta.

Costa diz que, quando a polícia chegou ao quarto do hotel, havia um cheiro forte. Pelo odor, o delegado diz acreditar que a menina tenha sido morta na segunda-feira (28), dia em que ela foi sequestrada.

- Acredito que a Luciene tenha conseguido convencer a menina a sair de casa sem necessidade de força.

O delegado diz que uma testemunha afirmou que viu Luciene perto da casa de Lavínia.

As funcionárias do hotel viram as imagens de Luciene na televisão e chamaram a polícia, pois reconheceram a amante do pai da criança. Elas viram a mulher no hotel.

O delegado disse que o corpo de Lavínia estava de bruços e com uma toalha no rosto. Costa se emocionou e chorou ao dizer que esperava encontrá-la viva, em entrevista ao vivo ao programa Balanço Geral, da Rede Record.

- Apesar de fazer parte da minha rotina, não me conformo como pode alguém fazer isso com uma criança de seis anos.

Desaparecimento

A menina desapareceu de casa, em Caxias, na manhã de segunda-feira. Luciene já era apontada como principal suspeita. De acordo com Santos, ela teria feito ameaças.

A polícia chegou a cogitar a participação direta do pai ou da mãe, Andréia Azeredo. A primeira versão da história, contada pela mãe, seria a de que Santos havia chegado a sua casa às 3h e, quando acordou às 5h45 para trabalhar, verificou que a janela e a porta do quarto estavam abertas e a menina não estava mais na cama.

De acordo com a mãe, um móvel foi arrastado para perto da janela do quarto da criança e teria auxiliado na invasão da casa.



Fonte: noticias.r7.com
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir