Categoria Automóveis  Noticia Atualizada em 03-03-2011

Carros "hiperesportivos" roubam a cena no Salão de Genebra
Koenigsegg Agera e Bugatti Veyron passam dos 1.000 cv de potência. Veículos têm inspiração na Fórmula 1 e até em desenho animado.
Carros
Foto: g1.globo.com

Monocoque em fibra de carbono, asa traseira para melhorar a pressão aerodinâmica e pneus especiais. Os superesportivos expostos no Salão de Genebra, que chega ao segundo dia nesta quarta-feira (2), lembram um carro de Fórmula 1 em muitos aspectos, além da velocidade final, que pode chegar perto de 400 km/h. Mesmo num evento marcado pelos carros "verdes", com o mínimo de emissão de carbono possível, os velozes continuam roubando a atenção dos presentes.

Um exemplo proeminente dessa turma é o Agera R, da sueca Koenigsegg. O carro foi batizado de "Speed Racer" e ganhou uma pintura que lembra o "Mach 5" do desenho animado, com a devida permissão de seus criadores, claro. "O modelo tem inspiração da Fórmula 1 por alguns conceitos que empregamos para melhorar a performance. Mas também tem elementos de desenho animado e mesmo de um brinquedo como o Lego, pela forma de trabalharmos com diferentes módulos", explicou o fundador da marca, Christian von Koenigsegg ao G1.

O carro tem um teto que pode ser retirado, portanto, o Agera R pode ser tanto um cupê como um roadster conversível. E vem com um segundo teto especialmente desenvolvido com um bagageiro para aumentar sua capacidade para até 120 litros. O carro conta com um motor V8 que chega a 1.115 cavalos para empurrar um peso total de 1.330 kg. "Concorremos com o Bugatti Veyron em termos de potência e com o Pagani Huayra em termos de dirigibilidade", aponta Koenigsegg.

As "respostas" de Bugatti e Pagani
Os italianos da Pagani chegam com um novo modelo, o Huayra, para suceder o Zonda S Roadster, "abusando" de elementos leves de fibra de carbono. O motor é um V12 biturbo da Mercedes que gera 700 cv. Embora a potência não se compare aos de seus rivais no segmento, o Huayra aposta na performance com uma aerodinâmica arrojada, suspensão dianteira ativa e uma distância entre-eixos maior que a de seu antecessor. O consumo, segundo seus criadores, é de apenas 1 litro/10 km.

Na briga dos "hipercarros" com o Koenigsegg, o Veyron 16.4 Super Sport também passa dos 1.000 cavalos de potência, São 1.200 cv movimentando os 1.838 kg do superesportivo. Ele bateu o recorde mundial de velocidade no ano passado atingindo mais de 430 km/h numa pista de testes na Alemanha, mas a versão vendida ao público é limitada a 415 km/h, para proteger os pneus. Ali também há elementos que lembram um carro de F-1, como um câmbio de embreagem dupla e um difusor duplo para melhorar a aerodinâmica.

O modelo foi apresentado ao público brasileiro no Salão de São Paulo, no ano passado, mas nenhuma unidade foi vendida até o momento. "Temos três ou quatro potenciais compradores, mas ainda não há um negócio fechado", informou ao G1 o gerente de mercado das Américas, John Hill.

Bruno Senna lembra "responsabilidade"
Para o piloto Bruno Senna, que também esteve neste primeiro dia no Salão de, há uma explicação para a dificuldade de se encontrar clientes para estes carros no país. "Um carro desses é sensacional, mas você só vai poder explorar suas possibilidades colocando-o numa pista de corrida. Nas ruas, é preciso andar com responsabilidade", afirmou. O Veyron é importado pela revendedora Bentley São Paulo, enquanto o Agera R e o Huayra são comercializados na Platinuss, também em São Paulo.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir