Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-03-2011

Diagnósticos do HIV triplicam em Maringá
Até a semana anterior ao Carnaval, 1.216 pacientes eram acompanhados pelo Ambulatório de DST/HIV/Aids de Maringá. Do total de infectados pelo vírus HIV, 28 soropositivos foram registrados entre janeiro e fevereiro deste ano.
Diagnósticos do HIV triplicam em Maringá
Foto: maringa.odiario.com



O número, que tende a aumentar por causa do Carnaval, é recorde e representa quase três vezes mais infectados do que a média mensal de cinco novos casos registrados na cidade, em 2010.

Em janeiro foram realizadas 179 testagens de HIV, com oito casos positivos. Em fevereiro, os números subiram para 248 testagens e 20 soropositivos. A coordenadora do Ambulatório de DST/HIV/Aids, Eliane Biazon, explica que as testagens também revelaram uma média de 100 novos casos por mês de outras DSTs – com o vírus do papiloma humano (HPV) correspondendo a 80% dos casos.

Os dados são preocupantes porque, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada caso conhecido de HIV há cinco pessoas que estão contaminadas e não sabem. Somado a isso o fato de que no Carnaval tende a aumentar o número de pessoas que se relacionam sexualmente com dois ou mais parceiros, a Secretaria Municipal de Saúde recomenda o teste de HIV a todos que transaram sem preservativo.

"Quem não se protegeu precisa saber se foi contaminado para iniciar o tratamento o quanto antes", diz a diretora da Vigilância em Saúde de Maringá, Rosângela Treichel.

Para quem se expôs a situações de risco, não basta fazer a testagem, é preciso repetir o procedimento para garantir que não houve contaminação.

"Como há uma janela imunológica de 60 dias, a ideia é que a pessoa venha logo após o Carnaval e retorne para repetir o exame depois de 2 meses", explica Eliane.

A testagem é a última etapa da campanha "sem camisinha, não dá!", do Ministério da Saúde. O primeiro momento foi de conscientização da população. Na semana anterior ao feriado prolongado e também no Samba na Praça – carnaval de rua de Maringá – foram distribuídos mais de 100 mil preservativos.

A campanha este ano esteve focada nas mulheres, que constituem 43% do total de pacientes com HIV em Maringá. O público feminino foi escolhido em decorrência do aumento proporcional de casos de adis nelas em relação aos homens. Em 1989, eram seis casos da doença no sexo masculino para cada um caso no sexo feminino. Em 2009, chegou a 1,6 homem para cada uma mulher.



Preço
R$ 17 a R$ 25 é quanto custa uma caixa com uma ou duas pílulas do dia
seguinte em Maringá.



Onde ir
O acompanhamento a portadores do vírus HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis é feito pelo Centro de Testagem e Aconselhamento de Maringá. Instalado na Policlínica da Zona Sul, na esquina das ruas Tabaetê e Assunção, no Jardim Tabaetê, o CTA realiza testagem de DSTs de segunda-feira à quinta-feira, das 7h às 17h30, sem a necessidade de pedido médico ou de agendamento de horário. Mas é preciso apresentar documento com foto. Segundo a coordenadora do ambulatório, Eliane Biazon, o teste é gratuito e sigiloso. "A testagem é totalmente confidencial e o resultado é entregue apenas para a pessoa que fez o teste." Em casos de exames positivos, o paciente passa a ser acompanhado por equipe (enfermeiros, infectologistas e psicólogos). O medicamento, quando necessário, também é gratuito. O telefone do CTA é o (44) 3293-8334.

Fonte: maringa.odiario.com
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir