Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-03-2011

Presidente do Iêmen alerta para risco de guerra civil se houver "golpe"
O presidente do Iêmen, Ali Abullah Saleh, afirmou nesta terça-feira que o que ele chamou de "tentativa de golpe" contra seu governo poderia levar a uma guerra civil no Iêmen.
Presidente do Iêmen alerta para risco de guerra civil se houver
Foto: www.bbc.co.uk

"Aqueles que querem chegar ao poder através de golpes devem saber que isto está fora de questão. O país não estará seguro, haverá uma guerra civil, uma guerra sangrenta", disse ele.

Oficiais do Exército declararam seu apoio a manifestantes pró-democracia na segunda-feira. Blindados de alas do Exército leais ao governo e favoráveis aos manifestantes estão nas ruas.

Dois soldados morreram nesta terça-feira em choques entre o Exército e a Guarda Republicana, força de elite, na cidade de Mukalla, sudeste do país.

O general Ali Mohsen al-Ahmar, um dos militares mais importantes do país, ex-aliado do presidente, disse publicamente na segunda-feira que havia passado para o lado dos manifestantes. Dois outros oficiais de alto escalão do Exército teriam renunciado, também na segunda-feira.

Desafiador

O Iêmen é sacudido há semanas por protestos contra o governo. A autoridade do presidente Saleh vem sendo minada por uma série de renúncias, desde que cerca de 50 manifestantes foram mortos a tiros em uma manifestação na capital, Sanaa, na sexta-feira.

Saleh permanece desafiador diante dos protestos. Uma fonte próxima a ele disse à BBC na segunda-feira que o presidente não deixaria o poder, mas poderia convocar eleições no fim do ano.

No domingo, Saleh demitiu todo seu gabinete, em uma aparente resposta aos protestos.

O Iêmen é um dos países do Oriente Médio que vivem uma crise gerada por protestos populares, desde que os presidente de Egito e Tunísia foram depostos por revoltas populares.

Saleh está no poder há 32 anos. Ele enfrenta um movimento separatista no sul, um braço da Al Qaeda e um conflito esporádico com tribos xiitas no norte.

Fonte: www.bbc.co.uk
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir