Categoria Policia  Noticia Atualizada em 06-04-2011

História de 176 anos da Polícia Militar será contada em livro
Mais de 170 anos de existência é tempo suficiente para ter muita história para contar
História de 176 anos da Polícia Militar será contada em livro

Mais de 170 anos de existência é tempo suficiente para ter muita história para contar. Principalmente, quando a personagem principal é a instituição mais antiga do Estado: a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), que nesta quarta-feira (06) completa 176 anos, data que será comemorada durante evento no Quartel do Comando Geral, nesta noite. Toda a cronologia desta trajetória será contada em um livro, já em fase de produção, escrito pelo coronel da reserva Gelson Loiola.

Apesar de a primeira força pública estadual ter sido criada pelo Conselho de Governo, em 13 de dezembro de 1931, ao longo de décadas a Corporação passou por diversas transformações em sua estrutura organizacional e foi parte atuante de fatos históricos ocorridos no Estado e no Brasil. Apaixonado por história e preocupado com a memória da PMES, o coronel Loiola passou a dedicar horas do seu tempo para angariar documentos e fotos, a fim de registrar acontecimentos marcantes. Um deles foi o conflito político ocorrido no ano de 1920.

"Naquela ocasião, Nestor Gomes havia sido eleito presidente do Estado, para suceder o então presidente Bernardino de Sousa Monteiro, que tentou empossar o presidente do Congresso Legislativo capixaba, Etienne Dessaune. A situação gerou divisão de forças. Para conter os conflitos, houve uma intervenção federal que durou até o dia 15 de julho de 1920, quando o tenente-coronel Jayme Pessoa, comandante do 3º BC do Exército, faz a devolução regulamentar do comando e do Quartel do Moscoso ao novo comandante do Corpo Militar de Polícia, capitão Abílio Martins, que promove o maior número de exclusões da história da Polícia Militar. Foram excluídos 236 praças e dois oficiais, o que representava aproximadamente 44% do efetivo", conta Loiola.


Fotos: Arquivo/PMES


Coronel Loiola




Outro fato marcante foi a participação na Guerra do Paraguai, em 1868. No dia 27 de março do mesmo ano, militares da Corporação capixaba embarcaram no vapor "Juparanã", rumo ao Paraguai, sob o comando do alferes Aureliano Martins de Azambuja Meirelles. "Naquela ocasião, todo o efetivo da Polícia, 50 praças ao todo, foram recrutados para a guerra e permaneceram lá até o fim do combate", afirma o escritor.

A PMES também esteve presente a outros acontecimentos históricos, como as Revoluções de 1924, 1930, 1932; os conflitos da Região do Contestado, de 1945 a 1963; e a Guerrilha do Caparaó, em 1967.







Lançamento

O livro, que conta todas essas histórias, e ainda sem data definida para lançamento, também descreve nomes dos militares que participaram dos confrontos e morreram em combate, assim como os nomes de todos os comandantes da corporação e unidades militares criadas no Estado. Mas é a evolução da Polícia Militar, no decorrer de 176 anos de história, o principal foco do autor. O material será ilustrado com fotos e figuras da época.







Fotos ilustrativas da planta do Quartel do Comando Geral (QCG), em Maruípe, Vitória, e também do Quartel do Forte do Carmo – o primeiro quartel da PM, inaugurado em 1896 – também ganham destaque na publicação.
"A raiz da Polícia Militar foi baseada na estrutura do exército. Inicialmente, existiam apenas o 1º e 2º Batalhão de Infantaria, preparados para atuar em grandes confrontos de guerra. O policiamento ostensivo só surgiu em 1938, com a primeira Companhia Especial, exclusiva para este fim", explica o escritor.






Com o decorrer dos anos, a unidade passou por várias denominações, como a Companhia de Guarda, e ganhou em 1956 o primeiro Batalhão Especial de Polícia Ostensiva (Bepo), que funcionou até 1959. Em 1971, a Polícia Militar ganha três batalhões de polícia e extingue os batalhões de infantaria. Surge, então, o 1º Batalhão, em Vitória, o 2º Batalhão, em Nova Venécia e o 3º Batalhão, em Alegre.

"A história sempre me fascinou. É com ela que conseguimos conhecer o passado para vivenciar o presente e planejar o futuro. História é importante para tudo na vida. Ela é mestra da vida e mestra do futuro", ressalta o coronel Loiola.

Sobre o escritor

O coronel Gelson Loiola atuou 28 anos da Polícia Militar do Espírito Santo e, devido à sua paixão pela história, sempre dedicou parte do seu tempo para escrever artigos e livros sobre a evolução histórica da corporação.

O escritor já publicou três livros, sendo eles: "A Participação da Polícia Militar do Espírito Santo nos conflitos limítrofes do Espírito Santo e Minas Gerais", de 2008; "Evolução Histórica do Primeiro Batalhão de Polícia Militar do Estado do Espírito Santo", em 2009; e "Evolução História do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo", em 2010.
Coronel Loiola foi transferido para a reserva em 2003. Suas pesquisas são utilizadas no Centro de Formação e Aperfeiçoamento (CFA) da PMES, onde também atuou como professor.


Fonte:
Assessoria de Comunicação da PMES
Tenente Coronel Antônio Augusto da Silva
Tel.: 3224.5613 – 9901-9862
E-mail: [email protected] / [email protected]




    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  John Wesley    |      Imprimir