Categoria Politica  Noticia Atualizada em 06-05-2011

Valadão considera Hartung covarde e diz não perdoá-lo por perseguição
Valadão deixou a prefeitura de Cachoeiro, em 2009, depois de não conseguir se reeleger para um segundo mandato e ter que responder a uma serie de denúncias apresentadas pelo Ministério Publico do Estado e Polícia Federal.
Valadão considera Hartung covarde e diz não perdoá-lo por perseguição

Ao tomar conhecimento, de que o ex- governador Paulo Hartung (PMDB) vai fazer uma peregrinação no Estado tentando apaziguar os ânimos daqueles que foram perseguidos nos oito anos de seu governo, o ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim Roberto Valadão (PMDB) reagiu contra o que chamou de "muita covardia, ingratidão, desrespeito".

Valadão deixou a prefeitura de Cachoeiro, em 2009, depois de não conseguir se reeleger para um segundo mandato e ter que responder a uma serie de denúncias apresentadas pelo Ministério Publico do Estado e Polícia Federal. Ele se considera um dos políticos perseguidos por Paulo Hartung, e assinalou que, como ele, o noticiário aponta muitos outros na mesma situação.

Fui perseguido pelo Ministério Público, Polícia Federal, que me fez intrigas, além de adversários políticos, todos ligados ao governo do Estado – ressaltou, numa referência à administração do ex-governador. Valadão, que ainda responde a processos na Justiça Eleitoral, está inelegível por conta dessas ações.

Afirma que o que fizeram com ele "foi uma grande covardia". Não escondendo sua mágoa com o ex-governador, Roberto Valadão disse que, se for procurado por Hartung para conversar, não se negará por uma questão de educação, mas deixou claro que não pode perdoar a ninguém pelo que lhe fizeram. O ex-prefeito se considera uma vítima de Paulo Hartung, a quem chamou de "covarde, ingrato e desrespeitoso".

Paulo Hartung, quando era governador, conseguia manter o controle da classe política com mecanismos de intimidação. Para isso, contava com o apoio do Ministério Público Estadual (MPES) e do Judiciário, que impunham contra prefeitos e outras lideranças o medo de denúncias e escândalos políticos. Por isso, o receio seria de uma reação dos políticos capixabas que se sentiram perseguidos durante o governo.

Hartung poderia sofrer ocontra-ataque dessas lideranças, agora que ele não tem mais esse arranjo institucional para manter o controle político. Desde o final do ano passado, as conversas nos bastidores eram de que muitas lideranças aguardavam com ansiedade a descida de Hartung para a "planície" a fim de reagir.

Isto porque, durante seu governo, Hartung havia estabelecido uma separação entre bem e o mal no Estado, colocando do lado do crime organizado todos os membros da classe política que não se alinhavam com seu projeto político.

Daí o silêncio do ex-governador diante das investidas para que ele defina sua participação na eleição de Vitória. Hartung estaria primeiro preparando o terreno para entrar na disputa com o arranjo político que lhe dá sustentação reorganizada.


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  John Wesley    |      Imprimir