Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-06-2011

Casal que manteve jovem presa 18 anos em casa pega prisão perpétua
Phillip Garrido teve 2 filhas com Jaycee Dugard durante cativeiro nos EUA. Sua mulher, Nancy, afirmou que estava arrependida pelo crime.
Casal que manteve jovem presa 18 anos em casa pega prisão perpétua
Foto: g1

Um casal da Califórnia foi condenado à prisão perpétua, nesta quinta-feira (2), por ter sequestrado e mantido refém, durante 18 anos, uma jovem, que teve duas filhas de seu captor enquanto viveu em cativeiro, informaram fontes judiciárias.

Phillip Garrido, que teve dois filhos com Jaycee Dugard depois de seu sequestro em 1991, foi sentenciado a 431 anos de prisão, enquanto sua esposa, Nancy, recebeu pena de 36 anos a prisão perpétua, depois de fazer um acordo com a promotoria.

O advogado de Nancy Garrido, Stephen Tapson, disse que leu perante o tribunal uma declaração em nome de seu cliente, onde reconhece que "o que ela fez foi diabólico", que lamentava e "que não havia palavras suficientes" para seu arrependimento.

Inicialmente, ela e o marido haviam se declarado inocentes.

O casal Garrido era acusado de 18 crimes, entre eles sequestro, estupro, atos obcenos contra menor e cativeiro.

Jaycee Dugard foi sequestrada quando tinha 11 anos na Califórnia (oeste dos EUA) e foi encontrada 18 anos depois, em agosto de 2009, vivendo em barracas, em meio ao lixo e a objetos velhos, em um pátio de uma casa a 70 km de São Francisco.

A mulher foi encontrada com duas filhas menores, cujo pai era o próprio Garrido.

Durante o sequestro, Garrido recebeu várias vezes a visita dos serviços sociais que tinham de confirmar onde e em que condições vivia, devido a uma pena por estupro de um caso anterior.

Ao se comprovar que as autoridades falharam em seu trabalho ao não descobrir a existência de Jaycee, o estado da Califórnia concordou em pagar uma indenização de US$ 20 milhões por perdas e danos a ela que, após se reencontrar com sua mãe e irmã, preferiu ficar longe do assédio da imprensa.

Fonte: g1
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir