Segundo fonte da Arábia Saudita, local da nova residência de Saleh ainda não foi definido; governo iemenita nega rumores
Foto: ultimosegundo.ig.com.br Hospitalizado em Riad, na Arábia Saudita, onde se recupera de um ataque com foguetes por combatentes tribais, em 3 de junho,o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, não retornará a seu país.
De acorco com uma fonte do governo saudita, Saleh, que escapou do ataque contra o palácio presidencial em Sanaa, ainda não definiu o local de sua nova residência.
Fontes do governo iemenita, no entanto, negaram os rumores e disseram que Saleh retornará ao país nos próximos dias. "A presidência me confirmou que o presidente retornará nos próximos dias," disse à Reuters Abdu al-Janadi, vice-ministro de Informações do Iêmen. Ele não especificou a data em que isso ocorrerá. "A saúde do presidente está melhorando continuamente," afirmou.
Segundo altos funcionários americanos citados na terça-feira pela rede de TV americana CNN, Saleh sofreu queimaduras em 40% do corpo e teve um pulmão comprometido como consequência do atentado em Sanaa. Além disso, segundo a Associated Press, Saleh sofreu um sangramento no cérebro.
As fontes anônimas americanas puseram em dúvida se Saleh, que recebe tratamento médico na Arábia Saudita e que cedeu seus poderes provisoriamente ao vice-presidente do Iêmen, Abderabu Mansur Hadi, poderá voltar a desempenhar seu cargo.
Uma das fontes consultadas pela rede de TV americana CNN comentou que não acredita que os sauditas permitirão a Saleh retornar ao Iêmen, com as autoridades de Riad devendo pressioná-lo a aceitar a proposta do Conselho de Cooperação do Golfo, que prevê sua renúncia em troca de imunidade.
A televisão estatal iemenita Ejbaria assegurava que o presidente voltaria ao Iêmen assim que se recuperasse das duas intervenções cirúrgicas realizadas na Arábia Saudita.
Aumento da violência
Após a partida de Saleh para a Arábia Saudita, a violência no Iêmen aumentou, com soldados do governo combatendo militantes islâmicos e combatentes tribais da oposição em duas cidades no sul do país
Washington teme que o braço da Al-Qaeda no Iêmen - um dos mais ativos da rede terrorista, responsável por várias tentativas de ataque contra os EUA - aproveite o caos para fortalecer sua base no país.
*Com AFP
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
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