Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 30-06-2011

Funcionária foi feita refém em loja de SP
Cerca de 15 pessoas foram feitas reféns em loja do Itaim Bibi. Homem que invadiu loja enfrentava problemas financeiros.
Funcionária foi feita refém em loja de SP
Foto: g1

O homem que invadiu uma loja de roupas femininas no Itaim Bibi, bairro nobre na Zona Sul de São Paulo, por volta de meio-dia desta nesta quarta-feira (29), atirou várias vezes dentro do estabelecimento, de acordo com uma das funcionárias feitas reféns. O ex-cliente da loja, aparentemente alterado, entrou com duas armas, segundo testemunhas e a polícia.

"Ele atirou várias vezes. Estava com duas armas. Na hora que eu escutei os tiros eu só me joguei no chão e fiquei esperando ele ir embora", disse a consultora Juliana Teodoro, de 28 anos. Depois de deixar o estabelecimento, ela disse estar nervosa e apenas querer ir embora.

Um taxista que prestava serviços para a loja e que estava na porta no momento da invasão disse que o suspeito estava fora de si. "Nunca vi uma pessoa tão transtornada", disse Júlio Cesar Gomes, de 32 anos. O homem chegou a apontar a arma para o taxista, que ficou desesperado. "Eu pedia calma e ele respondia: ‘Cala a boca. Não é nada com você, mas vou me vingar’."

A PM foi acionada e um policial que chegou para tentar negociar a rendição foi baleado. O tiro atingiu seu colete à prova de balas e o PM não se feriu. O criminoso, então, agarrou uma funcionária e a levou a uma sala no segundo andar, onde fica o estoque.

Cerca de 15 pessoas que estavam no estabelecimento saíram assim que a polícia chegou. Mais equipes da PM foram chamadas e cercaram a região. Os policiais tentaram conversar com o homem, mas ele não respondeu. Policiais da Força Tática chegaram a se aproximar do criminoso, que disparou três vezes na direção deles. Os tiros, porém, foram bloqueados pelos escudos que os PMs usavam.

Para dificultar a ação da polícia, o suspeito fez uma barricada atrás da porta da sala onde estava. A refém, no entanto, conseguiu deixar o local. Logo em seguida, ele disparou contra si e morreu, segundo a PM. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) chegou a ser acionado, mas voltou quando se encaminhava até lá porque o homem já havia morrido. Nenhum funcionário ou cliente ficou ferido na invasão.

De acordo com o tenente-coronel Walmir Martini, comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, responsável pela região, o homem é "um comerciante que tinha uma empresa que faliu e que estava transtornado com a situação financeira". Ele atribuía sua crise financeira à loja, segundo o tenente-coronel. Martini afirmou que o comerciante tinha entre 30 e 35 anos, era casado e deixou filhos.

O taxista Gomes acrescentou que lembra de ter visto o suspeito na loja no início do ano. "Ele brigou com os seguranças em janeiro e prometeu voltar."

De acordo com a assessoria da loja invadida, a Planet Girls, o homem era um comerciante e ex-cliente da loja. A marca lamentou o acontecido. De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa do Grupo Planet Girls, a ação foi registrada por câmeras de segurança.

O grupo afirmou que "oferecerá todo apoio à polícia para que o caso seja apurado e investigado. Torcemos para que as devidas precauções sejam tomadas e que casos como esse não voltem a acontecer". Ainda em nota, o grupo afirmou que prestará todo "o apoio necessário às vítimas deste lamentável incidente".

Veja na íntegra a nota do Grupo Planet Girls:

Em respeito a nossos clientes, funcionários e seus familiares, o Grupo Planet Girls vem a público prestar informações a respeito do fato ocorrido.

Na manhã desta quarta-feira, 29, um homem armado manteve funcionários de uma de nossas lojas como reféns na região do Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo). Nenhum funcionário foi ferido e todos passam bem.

O Grupo Planet Girls comunica oficialmente que oferecerá todo apoio à polícia para que o caso seja apurado e investigado. Torcemos para que as devidas precauções sejam tomadas e que casos como esse não voltem a acontecer.

Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança e as imagens serão usadas para reconstituir o caso.

A Planet Girls sempre zela pela integridade física, moral e emocional de seus funcionários e colaboradores. E neste momento, presta todo o apoio necessário às vítimas deste lamentável incidente.

Fonte: g1
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir