Categoria Esportes  Noticia Atualizada em 12-07-2011

No 4-3-3, Argentina valoriza a posse de bola
Movimentar-se é a melhor maneira de desobstruir áreas congestionadas. Messi, Di Maria, Agüero e Higuaín entraram em rotação, e desta forma abriram espaços. Sempre com passes curtos.
No 4-3-3, Argentina valoriza a posse de bola
Foto: globoesporte.globo.com

Sérgio Batista manteve a estrutura tática da Argentina, na vitória de ontem sobre a Costa Rica por 3 a 0, mas qualificou a posse de bola criando um grande repertório de movimentos ofensivos. Di Maria, Agüero e Higuaín foram os coadjuvantes das trocas de posições lideradas por Messi, com uma atuação digna do melhor do mundo.

Inicialmente, a Argentina se utilizou de um 4-3-3 com triângulo de base alta no meio-campo. Mascherano foi o vértice defensivo, com Gago pouco à direita, e Di Maria articulando pela esquerda. No ataque, Messi cumpriu a função do ‘falso nove’, partindo da região central para ocupar diversas faixas ofensivas em sincronia com os demais, tendo Agüero na ponta esquerda, e Higuaín fazendo as diagonais da direita para a área.

Na prática, entretanto, a movimentação ofensiva de Messi proporcionou pelo menos 4 variações além do 4-3-3 original:

1) Messi recua para buscar jogo, com Agüero e Higuaín se aproximando, formando o 4-4-2 em losango típico da Argentina (formação que se repetiu no segundo tempo, quando Biglia e Gago formaram a segunda linha, tendo Pastore de enganche, Messi e Lavezzi no ataque);

2) Messi recua para buscar o jogo, e Di María avança pelo centro, ocupando este espaço na inversão de posições entre ambos (assim nasceu o terceiro gol);

3) Messi recua para buscar o jogo, Di María abre pela esquerda, e empurra Agüero para o centro do ataque (assim nasceu o segundo gol);

4) Messi abre pela ponta direita, invertendo o posicionamento com Higuaín, que assume o comando ofensivo.

Sincronizando estes movimentos, sob a liderança de Messi, a Argentina teve 67% de posse de bola contra o 5-4-1 costa-riquenho. Sempre com pelo menos quatro jogadores ofensivos próximos, além do avanço dos laterais Zanetti e Zabaleta, e do rebote ofensivo de Gago (origem do primeiro gol), a seleção de Batista conseguiu controlar a bola com linhas de passes em regiões curtas de campo, sem recorrer à ligação direta.

Movimentar-se é a melhor maneira de desobstruir áreas congestionadas. Messi, Di Maria, Agüero e Higuaín entraram em rotação, e desta forma abriram espaços. Sempre com passes curtos. No total, a Argentina executou 454 passes, e errou apenas 31. Messi foi responsável por 64 passes, errando somente 4 (Gago liderou o número total neste fundamento, com 68 passes, e 6 erros).

Fonte: globoesporte.globo.com
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir