Categoria Economia  Noticia Atualizada em 14-07-2011

Após Cade, Brasil Foods segue liderando altas do Ibovespa
Para analistas, restrições do órgão de defesa econômica foram menos rigorosas que as expectativas
Após Cade, Brasil Foods segue liderando altas do Ibovespa
Foto: g1

As ações da Brasil Foods continuam em alta na Bovespa. Nesta quinta-feira, mesmo com o Ibovespa em queda, os papéis voltam a liderar as valorizações do índice, com +3,29%, a R$ 29,49. O indicador caía 0,71% às 11h30.

Ontem, as ações fecharam com valorização de 10,23%, cotadas em R$ 28,67. A movimentação é uma reação à aprovação, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da fusão entre Sadia e Perdigão, que originou a empresa.

Em relatório, a Ativa Corretora considerou a decisão positiva. "As restrições aprovadas pelo Cade foram menos rigorosas que as suposições divulgadas pela imprensa nos últimos dias, e o cenário de aprovação da operação, mesmo com tais condicionantes, é positiva para a BRF, em comparação ao cenário alternativo de não aprovação", diz a instituição. Segundo a Ativa, o impacto indicado pela companhia em vendas e receita é significativo, porém não comprometerá completamente os benefícios resultantes da fusão e a saúde financeira da empresa.

Ontem, as ações também tiveram a quinta maior movimentação financeira do dia, com R$ 325 milhões, ou 5% de todo o mercado à vista. Com o desempenho dessa quarta-feira, os papéis recuperam toda a perda que tiveram em junho. No dia 8 do mês passado, os papéis iniciaram uma trajetória de baixa na Bovespa após o relator do caso no Cade, Carlos Ragazzo, votar pela reprovação da união das empresas.

Os papéis, que valiam R$ 27,54 no dia 7 de junho, despencaram para R$ 25,82 no dia seguinte. E continuaram perdendo valor, até atingir a mínima de R$ 23,78, no dia 13 de junho. Na decisão dessa quarta-feira, o Cade impôs várias restrições, mas aprovou a união entre Sadia e Perdigão. O relator, Carlos Ragazzo, continuou sendo o único voto contrário.

As exigências do Cade afetam 13,1% da receita operacional líquida da Brasil Foods. O cálculo consta de fato relevante divulgado pela empresa há instantes e tem como base os números consolidados de 2010. Apesar das restrições, a fusão passou, o que deixa o mercado aliviado.

Fonte: g1
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir