Categoria Pop & Art  Noticia Atualizada em 23-07-2011

Passagem de Amy pelo Brasil foi marcada por shows curtos
Amy em show no Rio
Passagem de Amy pelo Brasil foi marcada por shows curtos
Foto: Alexandre Dur�o/G1

A passagem de Amy Winehouse pelo Brasil, no come�o deste ano, prometia marcar a volta por cima da popstar brit�nica, encontrada morta neste s�bado em Londres.

A turn� foi sua primeira depois de meses afastada dos palcos, tentando se reerguer do abuso de drogas e �lcool e dos esc�ndalos conjugais que eram explorados pelos tabloides e ofuscavam o lado propriamente art�stico da autora de hits como "Rehab" e "Back to black".

O que se viu em suas apresenta��es em Florian�polis, Rio de Janeiro, Recife e S�o Paulo, no entanto, foram shows curtos, marcados por uma presen�a de palco t�mida e pontuados por alguns momentos constragedores, quando a cantora esquecia as letras de suas pr�prias m�sicas e deixava o palco por alguns instantes sem dar satisfa��es.

Divididos entre a frustra��o e a histeria por ver a artista de perto pela primeira - e possivelmente �ltima - vez em solo brasileiro, os f�s evitaram vaias (ao contr�rio do que aconteceria meses depois na Europa). No lugar, aplaudiam e incentivavam a cantora, especialmente nos momentos em que ela bebia em cima do palco. Fosse �lcool ou �gua, pouco importava.

No primeiro show da miniturn� de Amy, realizado em 8 de janeiro em uma casa noturna de Florian�polis, a inglesa fez talvez a mais consistente das apresenta��es no pa�s. Come�ou pontualmente, de apar�ncia saud�vel em um vestido branco. Mas, ainda que a voz estivesse boa, especialmente nas depressivas "Some unholy war" e "Love is a loosing game", era triste notar que ela precisava de uma cola para lembrar as letras (caso de "Boulevard of broken dreams", cover da can��o de Tony Bennett, em que errou a introdu��o).

No Rio, onde ficou trancada em um hotel de luxo no bairro de Santa Teresa que serviu como base para toda sua estadia no pa�s, Amy Winehouse n�o saiu �s ruas. Em vez disso, foi clicada por paparazzi na piscina e na sacada do hotel, por vezes, em situa��es pouco abonadoras, como quando deixou os seios � mostra durante uma manh�. Tamb�m recebeu a visita do amigo Ron Wood, guitarrista do Rolling Stones.

Na cidade carioca, foram duas apresenta��es, nos dias 10 e 11. A primeira, curt�ssima e iniciada com 35 minutos de atraso, deixou f�s esperando por mais. Usando um vestidinho justo, como uma Jane de "Tarzan", Amy cantou olhando para baixo, procurando as letras das pr�prias can��es. No come�o da quarta can��o, a vers�o para "Boulevard of broken dreams", de Tony Bennett, teve um acesso de riso que a impediu de cantar os primeiros versos.

O encerramento da turn� em S�o Paulo, em 15 de janeiro, confirmou a m� fase de Amy. Diante de seu maior p�blico na miniturn�, no estacionamento do Anhembi, a cantora mostrou-se ap�tica, cambaleante, esquecida de que era ela a grande estrela da noite (que teve tamb�m shows de Janelle Mon�e e Mayer Hawthorne.

No palco, Amy alternava momentos de puro des�nimo, no qual n�o conseguia nem terminar os versos das can��es, com r�pidos ataques de euforia.

Como em todas as apresenta��es no pa�s, era a competente banda de apoio e os backing vocals que ajudavam a segurar o show. A voz, ainda mais embargada e irregular em S�o Paulo, por vezes era t�o baixinha que chegava a ser engolida pelos cantores de apoio - at� o "no, no, no", de "Rehab". Do total de 1h12 de apresenta��o, pelo menos meia hora foi gasta entre idas e vindas para o backstage, duas faixas cantadas na �ntegra por um de seus m�sicos de apoio e quase 10 minutos de enrola��o para apresentar a banda.

A Amy que passou pelo pa�s pouco lembrava a cantora de vozeir�o vigoroso que o mundo conheceu - em CD e videoclipes, pelo menos - alguns anos atr�s.

Passagem de Amy pelo Brasil foi marcada por shows curtos e ap�ticos
Cantora se apresentou em janeiro em Florian�polis, Rio, Recife e S�o Paulo.
No palco, ela esquecia letras e era aplaudida quando ingeria qualquer l�quido.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir