Categoria Economia  Noticia Atualizada em 25-07-2011

Receitas da Portugal Telecom recuam 5% no primeiro semestre
No primeiro semestre de 2011, as receitas operacionais excluindo a operadora brasileira Oi [que detém participação de 7% na PT] e a Contax ascenderam a 1.744 milhões de euros.
Receitas da Portugal Telecom recuam 5% no primeiro semestre
Foto: www.portugaldigital.com.br

Lisboa - As receitas e o EBITDA da Portugal Telecom desceram mais de 5% no primeiro semestre deste ano face ao ano passado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (25).

São resultados ainda provisórios, não incluindo a operação no Brasil, através da operadora Oi.

Em resultado da aquisição pela Telefónica da participação da PT na Brasicel em 27 de setembro de 2011, a PT ajustou as suas demonstrações financeiras dos períodos anteriores de forma a reconhecer a Vivo como operação
descontinuada.

No primeiro semestre de 2011, as receitas operacionais excluindo a operadora brasileira Oi [que detém participação de 7% na PT] e a Contax ascenderam a 1.744 milhões de euros, uma diminuição de 5,3% face a mesmo período do ano anterior, enquanto o EBITDA ascendeu a 708 milhões de euros, uma diminuição de 5,3% face ao primeiro semestre de 2010.

A margem EBITDA manteve-se nos 40,6%, igual ao 1S10. Excluindo a Oi e a
Contax, o capex diminuiu 5,8% face ao 1S10, para 294 milhões de euros, equivalente a 16,9% das receitas, e foi direcionado, principalmente, para o investimento na implementação de novas tecnologias e serviços, nomeadamente para a rede de fibra ótica, para o serviço de TV por subscrição e para os investimentos na troca de equipamentos 2G por equipamentos LTE (4G).

No primeiro semestre de 2011 (1S11), o EBITDA menos capex ascendeu a 414 milhões de euros (- 4,9% face ao mesmo período do ano anterior). O cash flow operacional ascendeu a 410 milhões de euros, um aumento de 164,7% face ao 1S10, impulsionado pela melhoria da tendência das receitas e do EBITDA, pela diminuição da pressão no capex, depois de completo o programa de modernização da rede, e pela gestão rigorosa do fundo de maneio.

O free cash flow, excluindo o investimento na Oi e na Contax, totalizou 486 milhões de euros, o que compara com 31 milhões de euros no 1S10. Em 30 de junho de 2011, excluindo a consolidação proporcional da Oi e da Contax e ajustada pelo montante a receber da Telefónica e pelo efeito fiscal relacionado com a
transferência dos Planos de Pensões Regulamentares para o Estado Português, a dívida líquida ascendeu a 4.269 milhões de euros, o que inclui o pagamento de dividendos no valor de 1.139 milhões de euros.

No 1S11, o custo da dívida líquida ascendeu a 1,66%. Excluindo os juros provenientes de determinados depósitos em Reais, relacionados com a aquisição da Oi, o custo da dívida líquida ascendeu a 3,51% no 1S11. A posição de liquidez,
incluindo o valor das disponibilidades de caixa, papel comercial, linhas de crédito e o montante a receber da Telefónica devido à sua aquisição da participação da PT na Vivo, ascendeu a 5.372 milhões de euros, em 30 de junho de 2011.

Negócios Internacionais

No primeiro semestre de 2011, os ativos internacionais, numa base proforma, aumentaram as suas receitas proporcionais em 14,8% face ao primeiro semestre de 2010, para 327 milhões de euros, enquanto o EBITDA diminuiu 4,0% face ao 1S10, para 103 milhões de euros, principalmente devido a um ajuste não recorrente na operação de contact center da PT no Brasil e à desvalorização
das moedas, segundo relatório de resultados.

Angola

No primeiro semestre de 2011 (1S11), as receitas e o EBITDA da Unitel, em kwanzas angolanos, aumentaram face ao 1S10, 18,2% e 9,8%, respetivamente, e em dólares, aumentaram 15,5% e 6,5% para 827,6 milhões de dólares e 460,3 milhões de dólares, respetivamente.

No 1S11, a Unitel continuou a expandir a sua atividade, tanto em Luanda como noutras regiões do país, tendo lançado diversas campanhas para promover a utilização do serviço de voz, dados e roaming.

Namíbia

No 1S11, as receitas e o EBITDA da MTC aumentaram 4,7% e 3,3% face ao 1S10, atingindo 727,8 milhões de dólares namibianos e 385,1 milhões de dólares namibianos, respetivamente. Este desempenho das receitas foi conseguido num contexto de diminuição significativa das MTRs e de promoções com ofertas agressivas de bónus de tráfego para reforçar a posição competitiva da MTC.

Excluindo o impacto de menores MTRs (-45,2% de diminuição média
face ao 2T10), as receitas e o EBITDA teriam aumentado 6,9% e 6,0% face ao 2T10, respetivamente. No 1S11, a margem EBITDA foi de 52,9%. As receitas de dados representavam 22,0% das receitas de serviço. No 1S11, a MTC centrou a sua atividade comercial e de marketing: (1) no lançamento de soluções Blackberry para ofertas pós-pagas e pré-pagas, reforçando assim a sua oferta de smartphones; (2) em campanhas para promover a utilização de serviços, e (3) em impulsionar o crescimento dos clientes de banda larga, sob a marca Netman, com velocidades de
download de até 7,2Mbps.

Cabo Verde

No 1S11, as receitas da CVT aumentaram 5,9% no 1S11 face ao 1S10 para 4.206,9 milhões de escudos caboverdianos e o EBITDA aumentou 5,2% face ao 1S10 para 2.099,3 milhões de escudos cabo-verdianos.

A margem EBITDA foi de 49,9%. No 1S11, as receitas móveis foram impactadas positivamente pelo crescimento das receitas de retalho e de roaming, enquanto as receitas da rede fixa foram impactadas positivamente pelo crescimento da
banda larga. No 1S11, a CVT lançou: (1) novas ofertas comerciais para o segmento empresarial, sob a nova marca CVT Negócios; (2) diversas campanhas para estimular a utilização de SMS, e (3) novos canais de TV, para fortalecer a
dinâmica do mercado IPTV. Os clientes de banda larga e de IPTV aumentaram significativamente, representando 25,1% e 11,1% da base de clientes de rede fixa, respetivamente.

São Tomé e Príncipe

No 1S11, as receitas da CST aumentaram 7,8% face ao 1S10, para 157.890 milhões de dobras são tomenses, e o EBITDA aumentou 1,4% face ao 1S10, para 41.070,5 milhões de dobras são tomenses. A margem EBITDA situou-se
em 26,0%. O desempenho do EBITDA foi negativamente impactado por um novo imposto sobre os fornecedores estrangeiros e pelo aumento dos custos comerciais. Excluindo este impacto fiscal, o EBITDA teria aumentado 7,2% face ao 1S10. No 1S11, o serviço móvel em São Tomé e Príncipe atingiu mais de 65% de penetração.

Macau

No 1S11, as receitas e o EBITDA da CTM aumentaram 47,2% e 16,0% face ao 1S10, para 1.951,0 milhões de patacas e para 680,3 milhões de patacas, respetivamente. A margem EBITDA foi de 34,9%. O crescimento das receitas foi
conseguido em resultado do aumento nas vendas de equipamentos e nos serviços de telecomunicações no segmento empresarial. As receitas de serviço do segmento móvel aumentaram 13,3% face ao 1S10, em resultado do crescimento das receitas de dados e de roaming. As receitas de dados representavam 19,8% das receitas


No 1S11, a CTM lançou várias campanhas de marketing com o objetivo de aumentar a penetração de smartphones e de banda larga móvel.

Timor Leste

No 1S11, as receitas e o EBITDA da Timor Telecom aumentaram 19,2% e 16,6% face ao 1S10, para 31,1 milhões de dólares e para 16,8 milhões de dólares, respetivamente, principalmente em resultado do forte aumento da base de
clientes. No final do semestre, a Timor Telecom tinha 537 mil clientes móveis. A margem EBITDA foi de 54,1%. As receitas de dados representavam 16,0% das receitas de serviço do segmento móvel. No 1S11, a Timor Telecom: (1)
lançou uma nova campanha de marketing para celebrar o facto de ter atingido 500 mil clientes móveis; (2) melhorou a sua oferta comercial com o lançamento de diversas campanhas para estimular a utilização de voz e de dados, e (3) fortaleceu a sua rede de distribuição.

Fonte: www.portugaldigital.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir