Categoria Tecnologia  Noticia Atualizada em 18-08-2011

Portais rastreiam internautas com "cookie eterno"
Pesquisadores dos EUA identificaram cookies no MSN e Hulu. Sites afirmaram desconhecer uso dos cookies feito por terceiros.
Portais rastreiam internautas com
Foto: g1

Pesquisadores das universidades de Stanford e Berkeley, na Califórnia, identificaram os chamados "cookies eternos" nos portais MSN e Hulu, de acordo com uma reportagem do "Wall Street Journal". Segundo os pesquisadores, o recurso atua de forma invasiva, por não poder ser facilmente removido, e permite que os sites saibam quais páginas foram visitadas pelos internautas.

Os pesquisadores entraram em contato com os sites que usam a técnica. Eles afirmam não ter conhecimento do fato, afirmando ainda que pretendem parar de usar o recurso. Cookies são normalmente usados por redes de publicidade operadas por terceiros com o intuito de descobrir as preferências dos internautas e exibir anúncios publicitários personalizados.

Os cookies são um recurso dos navegadores que armazenam pequenas informações no computador para que sites possam "lembrar" certos dados, como logins, preferências e outros. O uso na publicidade também é comum. Eles não são considerados pragas digitais, mas muitos softwares e usuários limpam os cookies periodicamente para impedir que eles sirvam para coleta de dados pessoais sobre os hábitos de navegação.

Os cookies eternos, além de serem armazenados como um cookie normal, também usam outras tecnologias, como um "cookie" do Flash (chamado de Local Shared Object ou LSO), "cookie" específico do Internet Explorer, do Silverlight (tecnologia semelhante ao Flash, da Microsoft), como valores no banco de dados do HTML5 e ainda como arquivos cacheados e no histórico da web.

O mesmo cookie é armazenado em todos esses lugares. Desde que o usuário não apague um deles, o cookie restante pode ser usado para recuperar todos os outros e continuar o rastreamento, o que torna o uso desses cookies confuso para o internauta.

Espionando o histórico da web
Um dos pesquisadores, em Stanford, identificou outra atividade invasiva. Segundo ele, o site Flixster.com "rouba de histórico" para descobrir se os usuários visitaram qualquer site em uma lista com 1,5 mil endereços da web.

O roubo de histórico é possível porque navegadores de internet colocam cores diferentes em links de sites visitados. Um site pode fingir colocar um link para uma página e usar códigos que identificam qual a cor que o navegador colocou naquele link, descobrindo se ele já foi ou não visitado.

Os cookies eternos e o roubo de histórico já eram possíveis em teoria. As pesquisas mostram que sites da web estão começando a usar as técnicas na prática.

Fonte:

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Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir