Categoria Politica  Noticia Atualizada em 30-08-2011

Câmara deve votar cassação de Jaqueline Roriz
Jaqueline foi filmada em 2006 recebendo uma quantia em dinheiro de Durval Barbosa
Câmara deve votar cassação de Jaqueline Roriz
Foto: noticias.terra.com.br

A Câmara dos Deputados marcou para esta terça-feira a votação do processo de perda de mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). Em junho, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou, por 11 votos a 3, o parecer do relator Carlos Sampaio (PSDB-SP) a favor do pedido de cassação apresentado pelo Psol. A deputada chegou a entrar com o recurso contra a decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas desistiu.

Jaqueline foi filmada em 2006 recebendo uma quantia em dinheiro de Durval Barbosa, operador e delator do mensalão do DEM do Distrito Federal. O vídeo só foi divulgado em março de 2011. De acordo com o regimento interno da Câmara, é necessário o voto de 257 deputados para ocorrer a cassação e a votação é secreta.

O mensalão do DEM
O chamado mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em sua defesa, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados". Em meio ao escândalo, ele deixou o Democratas.

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Acusado de tentar subornar o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do caso, Arruda foi preso preventivamente em fevereiro de 2010, por determinação do Superior Tribunal de Justiça, que ainda o afastou do cargo de governador. Ele ficou preso por dois meses e, neste período, teve o mandato cassado por desfiliação partidária. Com informações da Agência Câmara.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir