Categoria Policia  Noticia Atualizada em 01-09-2011

Quatro ex-PMs estão entre presos de operação contra milícia
Duas mulheres também foram presas nesta manhã, segundo a polícia. Iniciada às 6h desta quinta, Operação Pandora apreendeu R$ 45 mil.
Quatro ex-PMs estão entre presos de operação contra milícia
Foto: g1

Quatro ex-PMs estão entre os presos suspeitos de envolvimento com uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio na manhã desta quinta-feira (1º), durante a Operação Pandora. Duas mulheres também foram presas na operação deflagrada por policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com o delegado da Draco, Alexandre Capote, no total foram cumpridos 10 dos 18 mandados de prisão preventiva, sendo que 4 suspeitos já estavam presos. (Anteriormente, a Secretaria de Segurança havia informado que cinco suspeitos estavam presos).

PM segue foragido
Ainda segundo o delegado Alexandre Capote, um policial civil aposentado é aguardado para se apresentar à polícia nesta tarde. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, ele agia como "agente infiltrado" na Corregedoria Interna da Polícia Civil, onde foi lotado, e forneceria ao grupo criminoso informações sigilosas sobre as rotinas e operações policiais.

Além disso, segundo a denúncia, o policial aposentado seria incumbido de provocar a realização de operações contra a milícia rival e de prender seus integrantes, inclusive com base em informações repassadas pelos milicianos do grupo do qual o policial faria parte.

Um PM continua foragido, de acordo com o titular da Draco.

Foram expedidos também 33 mandados de busca e apreensão. Entre o material apreendido nesta quinta estão R$ 45 mil, uma máquina de contar dinheiro, uma luneta de longo alcance, uma pistola 380 com munição e três carregadores, além de documentos e computadores que comprovariam a participação dos suspeitos na milícia. Um veículo também foi apreendido.

"A ação de hoje demonstra que a Secretaria de Segurança e o Ministério Público não vão dar trégua a organizações criminosas que venham atuando no Rio de Janeiro, sobretudo as milicianas, que são extremamente violentas e intimidam a população local", afirmou o titular da Draco.

"Ao todo, foram quase 800 milicianos presos desde 2007, incluindo 5 vereadores, 1 deputado estadual e 1 deputado federal, além de vários policiais civis e militares e integrantes das Forças Armadas", acrescentou Capote.

Exploração de transporte e caça-níqueis
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Seseg), o grupo é suspeito de explorar, entre outras atividades, o transporte alternativo de passageiros (vans e mototáxis) e jogos de azar por meio de máquinas caça-níqueis, além de vender de botijões de gás e água a preços superfaturados.

Investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaecco) e da Draco apontam que, além de agir em Campo Grande, o grupo também explora pontos em bairros vizinhos, como Cosmos, Inhoaíba, Santíssimo, Paciência e Sepetiba.

Segundo a Seseg, a quadrilha é suspeita também de praticar crimes como homicídios qualificados, extorsões, ameaças, posse e porte ilegal de armas de fogo. O objetivo do grupo, segundo a polícia, é dominar o território e a economia de toda aquela região por meio da violência.

Além de policiais da Draco, participam da ação agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, da Corregedoria Geral Unificada (CGU) e de diversas delegacias distritais e especializadas da Polícia Civil. São pelo menos 150 agentes envolvidos na operação.

Operação da Polícia Federal
Também nesta quinta, agentes da Polícia Federal fazem uma operação para combater uma organização criminosa suspeita de fraudar o Fisco no Rio. A operação é denominada Voo Livre. Ao todo, a polícia tenta cumprir 39 mandados de busca e apreensão em diversos pontos da cidade. De acordo com a PF, o prejuízo causado pelo não recolhimento de tributos chega a R$ 148 milhões por ano.

Segundo a Polícia Federal, entre os suspeitos estão funcionários da Receita Federal que atuam no setor de desembarque do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador.

Fonte:

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Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir