Categoria Economia  Noticia Atualizada em 06-09-2011

Varejo vai manter economia aquecida durante a crise, diz CNDL
O vice-presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas acredita que o comércio interno repetirá o processo de realimentação que trouxe equilíbrio em 2008
Varejo vai manter economia aquecida durante a crise, diz CNDL
Foto: exame.abril.com.br

Brasília - Os lojistas não estão preocupados com efeitos da crise econômica mundial no comério de varejo. Para o vice-presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Vitor Augusto Co, se houver agravamento da recessão nos países europeus e nos Estados Unidos, "o comércio interno deverá repetir o mesmo processo de realimentação que aconteceu depois da quebra dos bancos estrangeiros em 2008, quando o consumo [interno] trouxe um cenário de equilíbrio" para a economia doméstica.

De acordo com ele, o comércio varejista ainda não está fazendo encomendas para o fim do ano porque "não precisa ter o mesmo nível de organização das grandes redes" e que os pequenos varejistas, que representam 98% do comércio varejista brasileiro, evitam pagar juros, fazem negócios no tempo certo e, preferencialmente, com recursos próprios.

Co vê "um cenário positivo para a economia brasileira, sem risco de desaceleração acentuada", apesar da inflação. Um exemplo dessa estabilidade, aponta, é a garantia de emprego somada à abertura de vagas. Este ano "está garantido", disse ele, "porque o próprio trabalhador demitido tem no seguro desemprego a possibilidade de poder comprar no Natal".

O vice-presidente do CNDL destacou que há sinalização positiva em relação à queda dos juros no país. "O Banco Central está agindo rápido e há promessas de desoneração fiscal". Como pequeno lojista, ele diz que "o Brasil está diferente, porque as ações [na área econômica] estão sendo tomadas de forma imediata".

Co disse ainda que as medidas de estímulo tomadas pelo governo em relação às empresas inscritas no Supersimples ( regime especial de tributação unificada para micro e pequenas empresas) "foram muito boas, especialmente, no que se refere à desoneração de impostos, que tiveram redução significativa". Outro fator que considera relevante foi a alternativa aberta para esse segmento poder exportar sem perder sua qualificação de empresa beneficiária do Supersimples.

Fonte: exame.abril.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir