Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-09-2011

Correntes de vento e maré alta dificultam a pesca em Vitória
Pescadores conseguiam pescar quatro toneladas de camarão por mês. Em agosto de 2011, foram apenas quinhentos quilos.
Correntes de vento e maré alta dificultam a pesca em Vitória
Foto: www.g1.com

Os pescadores de camarão estão passando sufoco em Vitória, capital do Espírito Santo. Há mais de um ano eles não conseguem sair para o mar devido as fortes correntes de vento e maré alta. A Colônia de Pescadores da Praia do Suá, em Vitória pescava quatro toneladas de camarão por mês, mas em agosto de 2011, foram apenas quinhentos quilos. A situação é ruim para os pescadores e também para os clientes, já que o preço do pescado era de R$7 o Kg, e agora passou para R$15.

Segundo o presidente da Colônia de Pescadores da Praia do Suá Álvaro Martins, tem muito pescador passando fome. "Quem precisa sobreviver com a pesca está enfrentando muitas dificuldades. Como não estamos conseguindo sair para pescar, os nossos clientes estão comprando pescado da Bahia, para não deixar o consumidor sem peixe", disse o presidente.

O pescador Criveraldo da Silva disse que o mar está muito bravo e por isso não é qualquer um que se arrisca entrae no mar. Quando chega na metade do caminho acabam voltando. "A gente pede para Deus que o tempo melhore, para nos ajudara ganhar um qualquer. Mas a situação só vai piorando. O vento é o coração do mar, e quando tem vento o mar fica muito bravo. A cada dia que passa o peixe fica mais difícil. Antes a gente encontrava o pescado na costa mesmo, mas agora tem que navegar até 3 horas pra pegar um peixinho", contou o pescador.

Os clientes também reclamam da escassez dos mariscos. "Quando o tempo está bom, tem mais bancas e mais opções para a gente escolher. Sem contar a qualidade e o preço que também ficam melhores", disse técnico em comunicação Carlços Roberto da Siva. Mas enquanto o tempo não melhora, os barcos vão continuar parados, esperando o mar autorizar a partida.


Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir