Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-09-2011

Chuva afeta 680 mil em SC e deixa 2 municípios em calamidade
A cheia do rio Itajaí-Mirim preocupa os moradores de Brusque
Chuva afeta 680 mil em SC e deixa 2 municípios em calamidade
Foto: noticias.terra.com.br

Um boletim emitido pela Defesa Civil de Santa Catarina na tarde desta sexta-feira alerta para o aumento dos estragos causados pela chuva no Estado. São 680 mil pessoas afetadas, 35 mil desalojados, 15 municípios em situação de emergência e dois de calamidade (Rio do Sul e Brusque). Além disso, ao menos uma pessoa morreu por causa das inundações.

Conforme a Defesa Civil, a instabilidade diminuiu bastante no Estado na tarde de hoje, mas a nebulosidade ainda predomina, com chuviscos isolados. Em Florianópolis, Vale do Itajaí, litoral norte e planalto norte do Estado, o acúmulo de chuva não é significativo, devendo ficar abaixo de 10 mm no fim do dia. Apesar do baixo volume de chuva previsto, Santa Catarina continua em alerta devido aos alagamentos, enchentes e deslizamentos. A maré elevada dificulta o escoamento das águas da chuva para o oceano.

A situação que mais preocupa as autoridades de Santa Catarina é com a inundação que deve ocorrer nesta sexta-feira em Itajaí, cidade localizada no litoral norte do Estado. A estimativa é de que pelo menos 80% do município seja alagado. Equipes da Defesa Civil permaneceram toda a madrugada de plantão na sede do órgão, na região continental de Florianópolis.

De acordo com o major Aldo Batista Neto, diretor de resposta a desastres do governo estadual, o cenário ainda pode se agravar consideravelmente nesta sexta-feira, principalmente na cidade de Itajaí. Toda a água que segue pelos rios da região desemboca no município, que já contabiliza vários pontos de alagamentos.

"O quadro nos preocupa muito em Blumenau, Rio do Sul e em especial Itajaí. Toda essa água que desce pelo Vale e Alto Vale irá chegar à cidade nas próximas horas", disse. "Há também o rio Itajaí Mirim, que também verte e causa alagamos na região central".

Aldo destaca que a Defesa Civil tem trabalhado para retirar as famílias que vivem em áreas de risco de suas casas e levá-las a abrigos. O órgão já mapeou com antecedência os locais que devem ser inundados e o acompanhamento feito por toda a madrugada na sede do órgão, em Florianópolis, tem auxiliado a orientar os municípios. "Diferente do que ocorre em outros fenômenos, com a enchente acompanhamos as cotas dos rios e suas elevações e com isso podemos retirar as pessoas de casa a tempo", disse.

Representantes do governo federal estiveram na madrugada desta sexta-feira acompanhando os trabalhos na sede da Defesa Civil catarinense, em Florianópolis. O chefe de gabinete do Ministério da Integração, Gelson de Albuquerque e Gabriel Schadeck, diretor de minimização de desastres da Defesa Civil Nacional desembarcaram em Santa Catarina e devem seguir para as regiões afetadas nas próximas horas.

A primeira morte registrada pela Defesa Civil ocorreu na noite de quinta-feira em Guabiruba, cidade localizada a 100 km de Florianópolis. Valdemiro Carminatti, 66 anos, tentava arrumar o telhado quando sua casa desabou. Quando equipes de resgate chegaram ao local, ele já estava morto.


Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir