Categoria Geral  Noticia Atualizada em 15-09-2011

Veja alternativas para entrega de correspondências com a greve dos Correios
Agências funcionam, mas não há prazo para entrega de correspondências
Veja alternativas para entrega de correspondências com a greve dos Correios
Foto: www.atarde.com.br

Com a greve dos Correios, iniciada nesta terça-feira, 14, em todo o Brasil, existem alternativas para o envio de documentos e produtos para outras cidades ou estados. Os pagamentos de conta podem ser realizados nas próprias agências, já que o funcionamento do Banco Postal está garantido.

Além de pagamentos, é possível fazer empréstimos, solicitar cartão e receber benefícios do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) por meio do Banco Postal nas agências, que mesmo com a greve continuam abertas, já que a paralisação dos carteiros não inclui os atendentes que trabalham nas unidades dos Correios.

O presidente da Empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira, em entrevista coletiva, afirmou que estão mantidas a entrega diária de cartas e encomendas. Oliveira destacou, no entanto, que existe a possibilidade de atraso por conta da paralisação.

Já os serviços com hora marcada, como Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-Coleta, foram suspensos. Para tentar minimizar os prejuízos à população, foi colocado em ação um plano de contingência, que inclui contratação de recursos, realocação de empregados e realização de horas-extras.

Alternativas - Além dos serviços que não foram interrompidos com a suspensão dos trabalhos dos carteiros, a população pode recorrer ainda serviços de entrega privados para enviar documentos e produtos em um curto espaço de tempo.

As empresas aéreas trabalham com envios de documentos e mercadorias com até 200 quilogramas. Os preços variam, por exemplo, de R$ 32 a R$ 95, em uma entrega de Salvador a São Paulo, conforme a urgência e o peso do material. As empresas de ônibus também trabalham com entregas, e praticam preços menores se comparados aos das áreas e dos próprios Correios, mas, por outro lado, os prazos de entrega são maiores.

Atendimento - Por conta da greve, a procura nas agências é baixa e quem tenta postar uma correspondência não sabe se seu documento vai chegar no destino. "Me disseram que não tem prazo para chegar e eu precisava que chegasse ainda hoje", reclama a administradora Andrea Alves, 32 anos, que postou uma correspondência nesta manhã na agência dos Correios da Pituba.

O autonômo Celso Medina, 43 anos, também esteve na unidade para enviar um telegrama. "É emergencial, eu preciso que chegue ainda hoje, se não chegar vai me prejudicar", disse Celso, que precisa do documento para dar andamento a um processo na Prefeitura.

Na agência dos Correios, dos 15 guichês de atendimento, apenas quatro estavam funcionando nesta manhã. Uma funcionária, que não quis se identificar, diz que eles estão informando aos clientes que não há prazo para entrega das correspondências.

"O cliente pode até postar nas agências que estão funcionando, mas não vai chegar, vai ficar encalhada nos Correios da Pituba", explica Joseval Nascimento, diretor de comunicação do sindicato da categoria.

Greve - De acordo com os sindicalistas, a adesão a greve aumentou neste segundo dia de movimento. "A adesão é de 98% nas agências e 100% entre carteiros e motoristas", diz Nascimento.

Já a assessoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) alegam que apenas 28% dos funcionários aderiram ao movimento na Bahia. O efetivo no estado é de cerca de 5.200 trabalhadores.

O vice-presidente do sindicato, Joaquim Apolinário, diz que os Correios contratou trabalhadores terceirizados para manter o atendimento ao público e entregar as cartas. "Estão usando pessoas sem vínculo para entregar o Sedex, o que não é permitido pelo Ministério Público. Apenas concursados podem trabalhar como carteiro, que é a atividade fim da empresa", explica Apolinário.

De acordo com o sindicato, a categoria fará uma caminhada entre a Praça da Inglaterra e o Campo Grande nesta tarde, a partir das 14 horas, para chamar a atenção da população para o movimento. Nesta tarde, também terá uma mesa de negociação com a empresa, segundo Nascimento.

A paralisação dos carteiros começou ontem em todo o país. Os trabalhadores decidiram interromper os trabalhos para reivindicar piso salarial de 3,5 mínimos ou aumento real de R$ 400, além da reposição de perdas salariais entre 1994 a 2010 (24,76%), cesta de alimentação e refeição no valor de R$ 300 e redução da jornada de trabalho para seis horas diárias. A greve nacional foi aprovada na noite de terça-feira, 13, após assembleia de funcionários.

* Colaborou José Lopes

Fonte: www.atarde.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir