Categoria Geral  Noticia Atualizada em 20-09-2011

Abaixo-assinado pede que Portugal reconheça a Palestina
Documento subscrito por 50 organizações foi entregue na residência oficial do primeiro-ministro
Abaixo-assinado pede que Portugal reconheça a Palestina
Foto: www.tvi24.iol.pt

Um abaixo-assinado pedindo que Portugal reconheça um Estado da Palestina na ONU, subscrito por meia centena de organizações, entre as quais o PCP e a CGTP, foi esta terça-feira entregue na residência oficial do primeiro-ministro, escreve a Lusa.

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, vai apresentar na sexta-feira ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, um pedido de reconhecimento de um Estado da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas.

Segundo um comunicado do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), o abaixo-assinado, entregue por Rui Namorado Rosa (presidente do CPPC) e Carlos Carvalho (membro do conselho nacional da CGTP), apela ao governo para que reconheça a Palestina.

Os subscritores pedem «ao governo português» que apoie «em todos os fóruns internacionais e em particular no Conselho de Segurança e na Assembleia-geral da ONU o reconhecimento do Estado da Palestina ¿ com fronteiras nos territórios ocupados de 1967, incluindo Jerusalém Leste».

Por outro lado, Israel não se opõe à criação de um Estado palestiniano mas contesta uma declaração unilateral que dificulta o processo de paz e legitima uma «organização terrorista», segundo um texto da embaixada israelita em Lisboa enviado à Lusa.

«A questão a ser discutida não é a do estabelecimento de um Estado palestiniano mas os meios utilizados para atingir esse fim. Acções unilaterais, já de si contra os Acordos de Oslo, não levarão à paz. Pelo contrário, irão dificultar o processo de paz», lê-se o documento, da responsabilidade do conselheiro político da embaixada Lior Keinan.

Keinan escreve que o Hamas «continua a ser reconhecido como uma organização terrorista», com representação proibida em vários países, «incluindo o Reino Unido e os EUA», e que «busca a destruição de Israel». A declaração da embaixada considera que qualquer apoio à declaração unilateral sem «qualquer alteração da posição do Hamas serviria apenas para obter o reconhecimento internacional e a legitimação de uma organização terrorista».

Fonte: www.tvi24.iol.pt
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir