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Kadhafi estaria próximo à fronteira com a Argélia, dizem rebeldes líbios
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Coronel estaria na cidade de Ghadamis.
Tribo estaria protegendo o ditador deposto.
Foto: www.g1.com O coronel Muammar Kadhafi supostamente está escondido na cidade de Ghadamis, no oeste da Líbia e perto da fronteira com a Argélia, sob a proteção de membros da tribo Touareg, afirmou uma autoridade militar sênior da Líbia.
"Uma tribo, a Touareg, ainda o está apoiando e acredita-se que ele esteja na região sul de Ghadamis", disse à Reuters por telefone Hisham Buhagiar, autoridade militar sênior da nova liderança da Líbia, na noite de terça-feira.
Buhagiar, coordenador da caça a Kadhafi, explicou que o líder deposto supostamente estaria na cidade de Samnu, ao sul, há uma semana, antes de mudar-se para Ghadamis, que está 550 quilômetros a sudoeste de Trípoli.
Ele disse que Saif al-Islam, filho do ex-líder, estava em Bani Walid, e outro filho de Gaddafi, Mutassem, estava em Sirte, cidade-natal da família.
"Ambos estão pensando em deixar a Líbia, talvez para o Níger", acrescentou Buhagiar.
Sirte, um dos últimos bastiões de apoio a Kadhafi, está cercada pelas forças da atual liderança da Líbia, o Conselho Nacional de Transição (CNT), e sob bombardeio de aviões de guerra da Otan.
A tomada de Sirte, a 450 quilômetros ao leste de Trípoli, colocaria o CNT mais perto da conquista do controle de todo o país, um objetivo que já dura mais de um mês desde que os combatentes tomaram a capital.
Segundo Buhagiar, a maioria das tribos do sul era contra Kadhafi, com exceção da Touareg, que ainda o apoia.
"Houve um confronto entre homens da tribo Touareg que são leais a Kadhafi e árabes que moram lá (no sul). Estamos negociando. A busca por Gaddafi está tomando um rumo diferente", disse Buhagiar, sem elaborar.
A filha de Kadhafi, Aisha, os irmãos Hannibal e Mohammed, e a mãe deles, Safia, além de vários outros membros da família, fugiram para a Argélia em agosto e moram lá desde então.
Comandante morto
Um dos principais comandantes das forças do novo regime líbio em Bani Walid morreu em um ataque com foguete na noite de terça, informou o Conselho Nacional de Transição (CNT).
"Dau al-Salihin Jadak morreu em Bani Walid quando seguia para a área dos combates", disse Abdalah Kenshil.
Natural de Bani Walid, 170 km ao sudeste de Trípoli, Dau al-Salihin Jadak permaneceu preso por 18 anos por ter participado em uma revolta contra Kadhafi em 1993.
Ele foi libertado em fevereiro, após a rebelião contra Kadhafi.
Combatentes antikadhafistas pediram a intervenção da Otan nesta quarta-feira, depois que foram alvos de disparos de foguetes das forças leais a Kadhafi em Bani Walid.
Fonte:
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Por:
José Rubens Brumana |
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