Categoria Economia  Noticia Atualizada em 29-09-2011

Parlamento alemão aprova ampliação de fundo de resgaste
Medida segue agora para a Câmera Alta e deve ser ratificada até sexta. Alemanha é o 11º país dos 17 da zona do euro a aprovar a ampliação.
Parlamento alemão aprova ampliação de fundo de resgaste
Foto: www.g1.com

O Parlamento alemão aprovou nesta quinta-feira (29), com grande maioria, a ampliação do fundo de resgate da zona do euro, do qual o país será o principal contribuinte.

A ampliação do fundo de resgate era considerada necessária para auxiliar os países endividados do bloco europeu, como a Grécia, e impedir que os gregos e outras nações que enfrentem pesadas dívidas decretem moratória.

Com a aprovação pela Câmara Baixa do Parlamento, a medida segue agora para a Câmera Alta, onde a expectativa é de que ele seja ratificada na sexta-feira, em votação.

A fim de que o fundo fortalecido entre em vigor, ele precisa ser aprovado por parlamentares de todos os países do bloco. Com a aprovação pela Alemanha, a maior economia da região do euro, a expectativa é de que deputados das demais nações europeias sigam o mesmo caminho.

Dos 620 deputados de que integram a Assembleia, 523 votaram a favor do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), anunciou o presidente da câmara, Norbert Lammert.

A Alemanha é o 11º país dos 17 da zona do euro a aprovar a ampliação da quantia e das competências do FEEF, que será usado para ajudar as nações da região em dificuldades.

Dos 611 votos registrados, 85 deputados foram contrários à medida e três optaram pela abstenção.

O resultado da votação era esperado, já que dois dos três partidos de oposição, os social-democratas (SPD) e os Verdes, haviam prometido apoiar a medida.

Fundo turbinado
Com os novos poderes, o FEEF passa a contar com maior capacidade de financiamento para auxiliar economias em crise na região. As mudanças deverão dar mais possibilidades de auxílio aos países que enfrentam dificuldades para saldar suas dívidas.

Entre as medidas propostas para ampliar o fundo está o de aumentar o valor dos pacotes de auxílio às economias endividadas, cujo teto passaria dos atuais 440 bilhões de euros para valores de até 2 trilhões de euros (respectivamente R$ 1,1 trilhão e R$ 4,9 trilhões).

O fundo ampliado permitiria ainda a compra de títulos de governo, a injeção de capital em bancos e a concessão de empréstimos a um país antes do agravamento da crise. Anteriormente, o fundo só podia socorrer economias que já se encontravam em crise.

O primeiro-ministro grego, George Papandreou, visitou a Alemanha nesta semana e procurou assegurar investidores de que seu país está fazendo todo o possível para sanar suas finanças, cortar a sua dívida e procurar retomar o crescimento.

A Alemanha está entre os principais credores da Grécia. As medidas de austeridade vêm despertando protestando entre a população grega. Está prevista para esta quinta-feira na Grécia uma greve envolvendo taxistas, servidores públicos e funcionários de hospitais.

O fortalecimento do fundo vinha sendo objeto de divergências entre os partidos que formam o governo alemão, já que muitos acreditavam que o auxílio às economias em crise tem sido demasiadamente oneroso para a Alemanha e que o país não deveria mais ajudar nações que não teriam primado pela austeridade econômica.

Na terça-feira, o próprio ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, havia condenado a proposta de turbinar o fundo, chamando-a de 'uma ideia tola'.

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Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir