Departamento de Estado incentiva grupos armados, diz chancelaria. Regime enfrenta mais de seis meses de protestos por democracia.
Foto: www.g1.com A Síria acusou nesta quinta-feira (29) o governo dos Estados Unidos de estimular a violência dos grupos armados contra os militares sírios.
"As declarações de autoridades americanas, sobretudo de (porta-voz do Departamento de Estado) Mark Toner, constituem uma prova de que os Estados Unidos incentivam os grupos armados a exercer a violência contra o exército árabe sírio", afirma em um comunicado o ministério das Relações Exteriores.
"As declarações do porta-voz do Departamento de Estado, que chamou de naturais estes atos terroristas, são irresponsáveis e tendem a estimular atos terroristas e o caos, para satisfazer objetivos estrangeiros contrários aos interesses do povo sírio", acrescenta.
"A Síria denuncia com força as declarações americanas e afirma sua determinação de preservar sua segurança e estabilidade, de defender seus cidadãos e opor-se a todas as tentativas de interferência em seus assuntos internos", completa o texto.
Na segunda-feira, Washington pediu moderação à oposição síria ante a violenta repressão das manifestações e considerou que atos armados contra o regime seriam uma consequência normal.
"Não é surpreendente, dado o nível de violência dos últimos meses, que se comece a ver militares e membros da oposição recorrer à violência contra o exército em um ato de autopreservação", disse Mark Toner.
Mas segundo ele, "a oposição demonstrou uma moderação extraordinária diante da brutalidade do regime".
Nesta quinta-feira, o embaixador americano em Damasco, Robert Ford, foi alvo de uma tentativa de protesto quando chegava ao escritório de um opositor.
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