|
O RIDÍCULO DO PARLAMENTO
|
Pegando emprestado o texto de Paulo Fernando Melo da Costa pode-se observar que além dos vereadores espalhados pelo país afora que apresentam projetos estapafúrdios pra não dizer ridículos Pegando emprestado o texto de Paulo Fernando Melo da Costa pode-se observar que além dos vereadores espalhados pelo país afora que apresentam projetos estapafúrdios pra não dizer ridículos, destacamos alguns sugeridos no parlamento federal. O individuo foi preso, condenado? Que tal ser obrigado a doar uma córnea, ou um pedaço do fígado, um de seus rins, ou um dos pulmões, além da medula. Certamente a fila dos que aguardam transplantes iria diminuir. E pensando em uma condenação mais justa o ex-Deputado professor Irapuan Teixeira PR-SP, sugeriu a obrigatoriedade de condenados doarem órgãos duplos. Há quem se preocupe com os impotentes sexuais, o vereador Dílson Fortes (PTB), no Rio Grande do Norte idealizou um projeto que obriga a distribuição gratuita de Viagra para os impotentes, segundo o defensor, "a disfunção erétil abala a auto-estima e pode estimular o alcoolismo, os suicídios e a violência. Ele garante que não é impotente, mas que muitos dos seus conterrâneos são. Há aqueles que pensam em legislar em causa própria, é o caso do deputado Edigar Mão Branca PV/BA, ele "apresentou o projeto que dispõe sobre o uso facultativo de chapéu em estabelecimentos público e privado". Pense em parar um dia para comemorar o dia do estresse, é o que sugeriu o deputado Mendes Ribeiro Filho PMDB-RS. Eu gosto de filé à parmegiana, imagine solicitar a um vereador que crie o dia desse saboroso prato? Ou o dia do piquenique, outra coisa que adoro fazer com amigos. O deputado Luís Carlos Hauly, PSDB-PR deve gostar tanto de macarrão que o sugeriu o dia 25 de outubro como o Dia Nacional. Seu colega Mário Negromonte PP-BA, deve ter preferência por acarajé - propôs o Dia da Baiana do Acarajé. Se há aqueles que endeusavam ACM, Antônio Carlos Magalhães a gente até imagina, pois há gosto pra tudo. Outro dia ouvi em um elevador na Assembleia Legislativa que Gratz estava fazendo falta. O deputado Germano Bonow, DEM-RS sugeriu o Dia do ACEMISTA, nenhuma alusão ao Ex-Senador ACM da Bahia, trata-se de uma homenagem a "Associação Cristã de Moços". Já havia pensado que era um dia criado para prestar homenagens ao baiano Antônio Carlos Magalhães, menos mal – que o diabo o mantenha em seu colo. Se o nobre deputado Lincoln Portela, PR-MG, é semelhante a um vereador de Piúma que dorme durante as sessões não se sabe, mas que ele te uma preocupação com o descanso, isso ele tem. Ele sugeriu criar o Dia do Sono. Pra ser sincera não havia pensado que no mundo dos peixes havia homossexual, ou que havia preconceito também em relação aos indefesos animais. Os conspícuos deputados Distritais discutiram sobre o animal símbolo do DF, entre os candidatos estavam o peixe pirá-brasília, segundo o deputado Wilson Lima PR- DF, tal candidatura não poderia prosperar, pois segundo o parlamentar, o peixe seria homossexual, na verdade o peixe é hermafrodita. Cogitou-se então a candidatura do lobo-guará, foi criticado duramente, por ser um animal com má imagem junto as crianças, em virtude da chapeuzinho vermelho. Por fim foi sugerido o camundongo do cerrado, cujo nome científico é "juscelinus candangus", logo foi rechaçado por não ficar bem o nome de um rato como animal símbolo do DF. No final ganhou o lobo-guará. Na Cidade Maravilhosa, foi instituído, o Dia do cão de autoria do deputado Antônio Pedregal (PT do B), o autor dono de três cães, justificou que há uma estátua em homenagem aos cães nos EUA. ‘Isso aqui é um pouquinho de Brasil Iaiá’... Eles pensam em tudo, principalmente nas minorias, e isso é de admirar. "Em Nova Iguaçu-RJ, o vereador Carlinhos propôs a instalação de banheiros para gays e travestis em espaços públicos, alegando que os travestis teriam vergonha de ir tanto ao banheiro masculino quanto ao feminino". Já pensou a merenda escolar ter no cardápio carne de bode? É o que sugeriu o deputado José Adécio, DEM-RN, que escolas estaduais sirvam carne de bode na merenda, o autor argumenta como, criador de cabras, garante que é um tipo de carne nutritiva e propícia para crianças. Se aprovado, ele proporá a mesma receita para os policiais militares. Até a Língua Portuguesa não ficou de fora parlamento. Pela defesa do ex-deputado João Hermann Neto PDT-SP, era hora de mandar a crase para o raio que o parta. O motivo de tanto ódio à crase é que, segundo o autor, ela complica a língua portuguesa e só serve para "humilhar muita gente". Ainda bem que já conclui o curso superior e não vou ter comer carne de bode, nem sou impotente para ganhar Viagra de graça. Crimes para eu ser condenada espero não vir a cometer, para não ter de doar um pedaço de meu fígado que se inflama com o cheiro de um torresmo. É isso, isso aqui ô ô, é só um pouquinho de Brasil... como diz Caetano Veloso. Fonte: Redação Maratimba.com
|
| Por: Luciana Maximo | Imprimir |
|
|
 |
