Com o orçamento, o governo espera cumprir as exigências do resgate financeiro .
Foto: exame.abril.com.br Lisboa - O Parlamento de Portugal aprovou nesta quarta-feira os duros orçamentos do Estado para 2012, com os quais espera cumprir as exigências do resgate financeiro que obteve em maio graças a maioria absoluta do governo conservador.
Absteve da votação o Partido Socialista, principal legenda da oposição após perder as eleições antecipadas de junho. As três formações da esquerda marxista rejeitaram a proposta em meio a fortes críticas sobre o impacto social, a recessão e o desemprego que pode gerar.
Mas com os 108 deputados, de um total de 230 na Assembleia, o projeto orçamentário, debatido várias vezes desde o mês passado, foi aprovado sem problemas.
Os orçamentos incluem cortes de despesa e investimento do Estado, redução de salário de funcionários e aposentados, que poderão perder um ou dois pagamentos extras, além de aumento de impostos, como o IVA que passará de 13% para 23% em diversos serviços e alimentos.
"É sem dúvida o orçamento mais exigente da história de Portugal", reconheceu durante seu discurso o ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, que representou o Executivo no fechamento do debate parlamentar.
Gaspar afirmou que as medidas de austeridade são "necessárias para recuperar a confiança dos portugueses, dos mercados e dos parceiros internacionais". Ele acrescentou que a grave crise vivida por Portugal se deve "às condições que transformaram em inevitável o pedido de ajuda externa".
Fonte: exame.abril.com.br
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