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Promotoria do Egito pede pena de morte para Mubarak

Promotor-chefe denunciou que o ex-presidente tinha interesse em reprimir as manifesta��es e que os crimes foram premeditados.
Promotoria do Egito pede pena de morte para Mubarak

Foto: ultimosegundo.ig.com.br

A promotoria eg�pcia pediu nesta quinta-feira a pena de morte para o ex-presidente Hosni Mubarak, acusado de ter envolvimento na morte de mais de 800 manifestantes nos protestos que culminaram em sua ren�ncia, em 11 de fevereiro de 2011.

O pedido de pena de morte formulado pelo Minist�rio P�blico inclui tamb�m o ex-ministro do Interior Habib al Adli e seis de seus assessores, informou um dos advogados da acusa��o, Ashraf Atwa.

Durante a sess�o dessa quinta-feira do julgamento, a promotoria confirmou a responsabilidade direta de Mubarak e al Adli na morte dos manifestantes durante os incidentes ocorridos durante a revolta, que teve in�cio em 25 de janeiro.

O Minist�rio P�blico disse que Mubarak, como presidente durante os protestos, � respons�vel segundo a Constitui��o e a lei, uma vez que tinha os maiores poderes e recebia relat�rios, por isso � imposs�vel que n�o conhecesse os ataques e assassinatos de manifestantes.

Segundo Atwa, a promotoria pediu que seja aplicada "a m�xima pena aos acusados pelo crime de assassinato premeditado, cujo castigo � a morte".

O promotor-geral Mustafa Suleiman, denunciou que o ent�o presidente n�o fez uso de suas prerrogativas e n�o for�ou a demiss�o de al Adli, porque tinha interesse em reprimir as manifesta��es.

"O presidente da Rep�blica � respons�vel pela prote��o do povo. A quest�o n�o � apenas se ele ordenou a morte dos manifestantes, mas saber por que ele n�o atuou para interromper a viol�ncia", disse Suleiman. "Como o presidente da Rep�blica poderia n�o estar a par das manifesta��es que come�aram em 25 de janeiro em 12 localidades em v�rias cidades?", completou o promotor.

Durante a audi�ncia, Suleiman tamb�m disse que os agentes que cometeram crimes contra manifestantes em 12 prov�ncias tinham instru��es dos chefes da pol�cia e n�o podiam tomar decis�es individuais sem comunicar seus superiores.

Na quarta-feira, a promotoria mostrou, entre outras provas, v�deos com trechos de diferentes meios de comunica��o ocidentais que mostra policiais disparando contra manifestantes e os atropelando com ve�culos militares.

Como vem acontecendo desde que come�ou o julgamento h� cinco meses, o l�der deposto de 83 anos chegou � corte em uma maca hospitalar. Ele � julgado tamb�m por suposto delito de corrup��o, compartilhado com seus filhos Alaa e Gamal, que seria seu herdeiro no poder.

H� dois dias, a corte decidiu concluir a fase probat�ria do processo e come�ar a escutar as alega��es da acusa��o e da defesa como �ltimo passo antes de ditar a senten�a.

A sess�o dessa quinta-feira era a �ltima que a promotoria teria para apresentar suas acusa��es e a pr�xima audi�ncia ser� realizada em 9 e 10 de janeiro.

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br

Por: Caroline Costa | Imprimir