Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-01-2012

Presidente do Irã está "indiferente" a ameaças dos EUA, diz Fidel Castro
Washington pressiona Teerã por suspeitas em relação a programa nuclear. Líderes iraniano e cubano se encontraram na quarta-feira em Havana.
Presidente do Irã está
Foto: g1.globo.com

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, está "indiferente" diante das ameaças dos Estados Unidos por seu controverso programa nuclear, disse o líder cubano Fidel Castro em comentários publicados nesta sexta-feira (13), referindo-se à escalada da tensão entre Teerã e as potências ocidentais.

Em visita esta semana a Venezuela, Nicarágua, Cuba e Equador, Ahmadinejad recebeu apoio destes aliados sul-americanos justo quando aumenta a pressão dos EUA, que aprovaram em dezembro novas sanções contra o Irã visando a punir a cooperação financeira com a República Islâmica.

A União Europeia também anunciou medidas punitivas sobre Teerã por sua negativa de suspender os trabalhos de enriquecimento de urânio, e estaria prestes a aprovar um veto às importações de petróleo iraniano até o final deste mês.

Fidel, de 85 anos e afastado do poder por problemas de saúde em 2006, reuniu-se na quarta-feira durante duas horas com o líder iraniano, que em sua visita oficial à ilha também se encontrou com o presidente Raúl Castro, com quem revisou acordos de cooperação.

"Observei o presidente iraniano absolutamente sossegado e tranquilo, indiferente por completo às ameaças ianques, confiando na capacidade de seu povo de enfrentar qualquer agressão", escreveu Fidel em comentários divulgados pela mídia local.

"Estou seguro de que, por parte do Irã, não devemos esperar ações irrefletidas, que contribuam para a eclosão de uma guerra. Se esta acontecer, será fruto exclusivo do aventureirismo e da irresponsabilidade congênita do império ianque", acrescentou o presidente cubano.

As declarações de Fidel referiam-se à escalada na disputa nuclear, que gerou temor de um conflito no Golfo Pérsico, assim que o Irã ameaçou fechar o Estreito de Ormuz -um canal importante para o trânsito de petróleo que sai da região- devido a sanções contra o país.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir