Categoria Geral  Noticia Atualizada em 26-01-2012

Criança morre após deslizamento de terra em sítio arqueológico no AM
Menino de 5 anos brincava em área de erosão, quando ocorreu o acidente. Sítio arqueológico está degradado. Iphan vai analisar danos ao patrimônio.
Criança morre após deslizamento de terra em sítio arqueológico no AM
Foto: g1.globo.com

Um menino de 5 anos morreu, na tarde desta quarta-feira (25), dentro de um sítio arqueológico no bairro Nova Cidade, Zona Norte de Manaus. Ele brincava com outras crianças quando a área foi atingida por uma erosão. O menino caiu em um buraco coberto de água. O irmão mais velho, de 11 anos, conseguiu resgatá-lo, mas ele morreu no hospital.

O acidente ocorreu por volta de 16h, durante uma chuva forte. O tio da vítima, José Sá de Lima, de 46 anos, contou que a família do menino se mudou para o bairro Nova Cidade havia poucas horas. A mãe, de 30 anos, e o pai, de 24, trabalhavam na mudança quando o menino saiu de casa para brincar com um grupo de garotos da mesma idade.

"A área é muito perigosa, mas ele não sabia disso. Quando as crianças brincavam na chuva, uma parte do barro cedeu e a lama jogou meu sobrinho para dentro de um buraco fundo, de onde ele não conseguiu sair sozinho", contou José.

Após ser resgatado pelo irmão mais velho, o menino foi levado pelos pais ao Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) da Galiléia, na Zona Norte, mas ele não resistiu e morreu.

O corpo da criança vai ser enterrado nesta quinta-feira (26), no cemitério Parque de Manaus, na Zona Oeste.

A área onde ocorreu o deslizamento de terra é conhecida por moradores do Nova Cidade como "cemitério indígena". O sítio arqueológico foi descoberto há cerca de 12 anos, durante a construção das moradias. No local, protegido por lei Federal, já foram encontradas urnas funerárias de povos indígenas.

Apesar do valor antropológico, o local não está mais protegido por cercas ou placas de interdição Federal, com isso, vem sendo frequentado por moradores. A arqueóloga Ellen Barros, do Instituto do Patrimônio Histórico e Arítico Nacional (Iphan), informou que uma equipe de técnicos irá ao local para avaliar o nível de degradação do sítio arqueológico. "Ficou acordado que o Estado deveria manter o ambiente intacto, para a preservação do patrimônio histórico. Daremos início a um procedimento de investigação", afirmou.






Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir