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Córrego revitalizado em 2010 em Araraquara, SP, volta a receber lixo
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Área é uma das principais fontes de captação de água da cidade. Local foi revitalizado há pouco mais de um ano, após determinação do MP.
Foto: g1.globo.com O Córrego do Tanquinho, que abastece a Represa das Cruzes, uma das principais fontes de captação de água em Araraquara, no interior de São Paulo, e importante afluente do Ribeirão das Cruzes, voltou a sofrer com os antigos problemas de descarte irregular de lixo e entulho, após ter sido revitalizado em 2010.
Segundo moradores da região, que fica no Jardim Roberto Selmi Dei, a prática de descarte irregular de lixo por populares é frequente. O córrego é protegido por um alambrado, mas o material foi retirado em ao menos quatro trechos de sua extensão, para facilitar o acesso das pessoas que insistem em depositar entulho e outros tipos de material no local.
Vizinhos apontam a recorrência do problema. "É comum ver sujeira ali. Sempre está cheio de lixo e quando não é nesse ponto é em outro", diz a dona de casa Aparecida Soares, de 29 anos.
A Secretaria de Meio Ambiente afirma que realiza o acompanhamento do Córrego do Tanquinho desde que a área foi recuperada pela Prefeitura, em 2010, mas que também necessita de ajuda da população para a manutenção.
Um projeto focado nos córregos e nascentes deve ser apresentado em breve e terá o apoio da Secretaria de Educação. O programa que fomenta a educação ambiental será inserido nas escolas para os mais de 20 mil alunos da rede.
Enquanto isso não ocorre, cotidianamente, o lixo urbano é recolhido e o Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) é comunicado sobre o entulho encontrado para que ele seja recolhido.
As justificativas da administração municipal não satisfazem, no entanto, quem convive com a situação do córrego. Para a aposentada Celia Rodrigues, 67 anos, o local era melhor quando cuidado pela população. "Tiraram as famílias que trabalhavam aqui e ficou tudo abandonado", diz.
Revitalização
Até setembro de 2010, cerca de 60 moradores do bairro utilizavam a várzea do Córrego do Tanquinho em desacordo com a legislação, que prevê uma distância mínima de 30 metros do leito dos mananciais para o uso agrícola. Durante 20 anos, porém, a população realizou o plantio de hortaliças e manteve criações de animais, alterando inclusive o curso dágua.
Outras ocorrências também eram constantes, como a perfuração de poços. A situação só foi parcialmente resolvida quando o Ministério Público solicitou à prefeitura a recuperação do local e a retirada das pessoas.
Fonte: g1.globo.com
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Por:
Caroline Costa |
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