Na década de 1960, era uma mulher em um grupo de dez infartados. Mulheres acima dos 45 anos têm chances iguais aos homens de infartar.
Foto: g1.globo.com Dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) apontam que a cada dez pessoas que morrem de infarto no Brasil, quatro são mulheres, enquanto há 50 nos a proporção era de uma em cada dez.
Um dos motivos para o aumento na proporção de mortes entre as mulheres é o estresse. "Hoje mudou o estilo de vida feminino. Elas estão mais competitivas no mercado. Exercem as mesmas funções do que os homens, ou acima deles. Ela também tem outros empregos, e mãe, é esposa e coordena a casa", disse o médico cardiologista Flávio Pozzuto.
Médicos apontam que não só o estresse causado pelo trabalho e o acúmulo de funções, mas os hábitos femininos também mudaram. Hoje, as mulheres fumam e bebem mais, fatores que são predominantes para causar doenças do coração.
De acordo com o cardiologista, nas mulheres os primeiros sinais de infarto são a falta de ar, suor em excesso e palidez. Já nos homens, dor no peito e também suor e palidez.
A auxiliar de secretaria Maria Nilza Nogueira de Siqueira fumava e tem ritmo de vida agitado. Ela teve dois enfartes. A última vez foi há 15 dias.
"Sempre fui estressada, agora mudar os meus hábitos", afirma Maria Nilza.
E os riscos de ter um infarto aumentam nas mulheres acima dos 45 anos porque elas têm a redução do hormônio estrógeno. "O estrógeno é responsável por melhorar a parte arterial feminina, quando ela deixa de ter este hormônio esta proporção de infartes chega a um para um. Uma mulher infarta para cada homem que infarta", disse o cardiologista.
Fonte: g1.globo.com
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