Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 09-03-2012

Proporção de mulheres que morrem de infarto sobe de um para quatro
Na década de 1960, era uma mulher em um grupo de dez infartados. Mulheres acima dos 45 anos têm chances iguais aos homens de infartar.
Proporção de mulheres que morrem de infarto sobe de um para quatro
Foto: g1.globo.com

Dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) apontam que a cada dez pessoas que morrem de infarto no Brasil, quatro são mulheres, enquanto há 50 nos a proporção era de uma em cada dez.

Um dos motivos para o aumento na proporção de mortes entre as mulheres é o estresse. "Hoje mudou o estilo de vida feminino. Elas estão mais competitivas no mercado. Exercem as mesmas funções do que os homens, ou acima deles. Ela também tem outros empregos, e mãe, é esposa e coordena a casa", disse o médico cardiologista Flávio Pozzuto.

Médicos apontam que não só o estresse causado pelo trabalho e o acúmulo de funções, mas os hábitos femininos também mudaram. Hoje, as mulheres fumam e bebem mais, fatores que são predominantes para causar doenças do coração.

De acordo com o cardiologista, nas mulheres os primeiros sinais de infarto são a falta de ar, suor em excesso e palidez. Já nos homens, dor no peito e também suor e palidez.
A auxiliar de secretaria Maria Nilza Nogueira de Siqueira fumava e tem ritmo de vida agitado. Ela teve dois enfartes. A última vez foi há 15 dias.

"Sempre fui estressada, agora mudar os meus hábitos", afirma Maria Nilza.
E os riscos de ter um infarto aumentam nas mulheres acima dos 45 anos porque elas têm a redução do hormônio estrógeno. "O estrógeno é responsável por melhorar a parte arterial feminina, quando ela deixa de ter este hormônio esta proporção de infartes chega a um para um. Uma mulher infarta para cada homem que infarta", disse o cardiologista.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir