Categoria Geral  Noticia Atualizada em 19-03-2012

Pai de Lucas Terra acampa no Fórum para pressionar celeridade da Justiça
Adolescente foi abusado sexualmente e queimado vivo aos 14 anos. Crime completa 11 anos na terça-feira: "a Justiça não resolve", lamenta pai.
Pai de Lucas Terra acampa no Fórum para pressionar celeridade da Justiça
Foto: g1.globo.com

O pai de Lucas Terra, adolescente abusado sexualmente e queimado vivo aos 14 anos, iniciou às 6h desta segunda-feira (19), na porta do Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, um ato de protesto para cobrar celeridade da Justiça na pronúncia da sentença por parte do juiz, que ainda não tem previsão para acontecer. Os réus são dois ex-membros da Igreja Universal do Reino de Deus. O crime, cometido em março de 2001, completa 11 anos nessa terça-feira (20).

O pai do garoto diz que ficará acampado durante o dia por tempo indeterminado e lembra que a fase de oitivas, quando se coletam os depoimentos das testemunhas intimadas, terminou em novembro do ano passado. "Eu não vou sair daqui enquanto eles não forem pronunciados. A última oitiva foi em novembro. Tem que haver uma decisão. Eu nunca fui comtra a Justiça baiana, mas eles estão sendo beneficiados. Onze anos que assassinaram meu filho e a Justiça até hoje não resolve. O crime está caminhando para prescrever", desabafa Carlos Terra.

Os atuais réus são um ex-bispo e um ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. A autoria do crime é atribuída à figura do ex-pastor Silvio Roberto Galiza, já condenado a 18 anos de prisão, que têm sido cumpridos em regime semiaberto. Galiza acusou à Justiça o ex-bispo e o ex-pastor de participação no assassinato, mas os dois ainda não foram julgados.

No último julgamento, ocorrido no dia 25 de novembro de 2011, na 2ª Vara do Júri Sumariante, a promotoria chegou a afirmar que a propensão dos suspeitos irem à júri popular. Não tenho a mínima dúvida que os dois serão submetidos a julgamento popular muito em breve se Deus quiser", relatou à época o promotor David Gallo.

O G1 aguarda posição do Tribunal de Justiça da Bahia a respeito da etapa atual dessa ação penal.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir