Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-04-2012

Gasolina é 50% mais cara no Brasil do que nos EUA, diz BC
Instituição manteve previsão de reajuste zero para gasolina em 2012. Galão custa US$ 6 no Brasil e US$ 4 nos Estados Unidos, informou.
Gasolina é 50% mais cara no Brasil do que nos EUA, diz BC
Foto: g1.globo.com

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, informou nesta quinta-feira (29) que a gasolina é 50% mais cara no Brasil do que nos Estados Unidos. No relatório de inflação, divulgado hoje, a autoridade monetária mantém a previsão de reajuste zero para a gasolina neste ano.

"O galão de gasolina custa US$ 4 nos Estados Unidos. No Brasil, considerando o câmbio em torno de R$ 1,80, o galão de gasolina, na bomba, custa em torno de US$ 6. É 50% mais caro do que o praticado nos Estados Unidos. Esse é um aspecto importante para chamar a atenção neste debate. Em uma conta aproximada, o preço é 50% maior do que o praticado em geral nos Estados Unidos", declarou ele.

O relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira informa, porém, que o preço do barril do petróleo, que influencia o custo da gasolina, se elevou desde dezembro do ano passado. "Os níveis de preços atuais, em certa medida, são consistentes com os efeitos de choques moderados nos fundamentos e com a maior instabilidade política em importantes países produtores", avaliou o BC.

Segundo a autoridade monetária, a "complexidade geopolítica que envolve o setor petrolífero pode vir a acentuar o comportamento já volátil [sobe e desce] dos preços, que reflete, também, a baixa previsibilidade de alguns componentes da demanda global e o fato de o crescimento da oferta depender de projetos de investimentos de longa maturação e de elevado risco.

"Cabe notar que a influência dos preços internacionais do petróleo sobre a inflação doméstica não se materializa exclusivamente por intermédio do preço local da gasolina, mas também via cadeia produtiva do setor petroquímico e pelo canal de expectativas", acrescentou a autoridade monetária.

A escalada no preço do petróleo, segundo o diretor Carlos Hamilton Araújo, é um risco para a inflação e para a atividade global. "Muitos analistas entendem que, caso haja uma elevação adicional do preço do petróleo, pode colocar em risco o processo de recuperação que tem sido observado nos Estados Unidos", explicou ele.

Hamilton acrescentou, porém, que o cenário internacional, marcado pela crise financeira e por uma perspectiva de baixo crescimento nos principais blocos econômicos, continua a apresentar "viés desinflacionário" em um "horizonte relevante", o que torna "favorável" o balanço de riscos para a inflação. "No âmbito doméstico, o Copom contempla atividade com tendência de aceleração ao longo de 2012", declarou ele.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir