Categoria Geral  Noticia Atualizada em 20-04-2012

Diplomata morta por malária na África é homenageada no Itamaraty
Brasileira de 35 anos morreu em dezembro após contrair malária na África. Presidente Dilma entregou à mãe da diplomata uma condecoração póstuma.
Diplomata morta por malária na África é homenageada no Itamaraty
Foto: g1.globo.com

A diplomata brasileira Milena Oliveira de Medeiros, que morreu em dezembro após contrair malária em uma viagem à África, a serviço do governo, foi homenageada nesta sexta-feira (20) durante formatura do Itamaraty.

Os formandos 2010-2012 do Instituto Rio Branco resolveram dar o nome da colega à turma. Natural do Acre, Milena tinha 35 anos e estava em Malabo, capital da Guiné Equatorial, em missão diplomática entre 20 e 27 de novembro. Ela morreu em Brasília no dia 26 de dezembro.

A presidente Dilma Rousseff participou da cerimônia de formatura e parabenizou os novos diplomatas pela homenagem à colega. Ela disse que Milena, que era negra e da região Norte do país, "é um exemplo do novo Brasil que está surgindo".

"A Milena representa esse Brasil de oportunidades, esse Brasil que, de fato, poderia ter na Milena, uma ministra, uma grande diplomata e uma presidenta", disse a presidente, que entregou à mãe da diplomata, Raimunda Carneiro, uma condecoração póstuma.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, também prestou homenagem a Milena durante seu discurso. "O seu desaparecimento prematuro foi sentido por todos nesta casa. A secretária Milena deixou lembranças indeléveis", lamentou.

A oradora da turma, Maria Eugênia Pulino, disse que "Milena não foi heroína, não foi estadista, não foi embaixadora. Não viveu suficiente para isso. Sua história, contudo, vai permanecer na memória".

A morte de Milena gerou protesto entre diplomatas que, na época, enviaram ao Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) uma carta em que questionam o apoio prestado pelo ministério.

Ele reclamaram, principalmente, da atenção e assistência dada pelo ministério antes do agravamento do quadro da servidora. Mencionaram o fato de que o diagnóstico, obtido por iniciativa própria e sem a intermediação do Itamaraty, só foi confirmado quinze dias após sua volta ao Brasil.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir