Categoria Policia  Noticia Atualizada em 28-05-2012

Delegada pede DNA em corpo para atestar morte de garota em Cuiabá
Oito pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no suposto homicídio. Adolescente de 16 anos sumiu há 5 meses após sacar dinheiro no banco.
Delegada pede DNA em corpo para atestar morte de garota em Cuiabá
Foto: g1.globo.com

A delegada da Polícia Civil Anaíde de Barros pediu nesta segunda-feira (28) a realização de exame de DNA no corpo encontrado em Cuiabá (MT) para atestar que se trata realmente da adolescente Maiana Mariano Vilela, de 16 anos, que desapareceu há cinco meses. Dois dos oito suspeitos presos, na operação feita na última sexta-feira (28), já confessaram à delegada que mataram e enterraram o corpo em uma cova rasa no Distrito do Coxipó do Ouro.

"O corpo tem 80% de chance de ser da estudante, mas vou pedir o exame de DNA para não restar dúvida", afirmou, ao G1, a delegada que conduz o caso apurado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).O Instituto Médico Legal (IML) deve divulgar em breve o resultado feito na arcada dentária para comprovar que o corpo é da adolescente.

Segundo a delegada, quatro suspeitos que chegaram a ser detidos já foram soltos e os outros quatro estão presos preventivamente em presídios da capital. Estão na cadeia os dois pedreiros que confessaram o homicídio e outros dois suspeitos de pagar os suspeitos para cometer o crime.

Anaíde de Barros afirmou que os dois pedreiros devem ser indiciados inicialmente por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Já os empresário, que mantinha relacionamento com a garota, e a ex-mulher dele devem devem ser indiciados como os mandantes do crime. O empresário também deve responder por dificultar a investigação da Polícia Civil.

"Até então, a polícia trabalha com a hipótese de ciúmes ou alguma chantagem que a garota estaria fazendo", explicou a delegada. Os dois supostos mandantes do crime preferiram não se manifestar em depoimentos prestados à polícia. Mas a delegada informou que deve tentar ouvi-los novamente ainda nesta semana. Eles podem esclarecer, conforme a delegada, a motivação do crime.

A mãe da vítima também não quis falar sobre o crime. "Ela ainda está muito abalada. Ao informarmos sobre a suspeita de homicídio, a mãe preferia não acreditar que a filha estava morta. "Minha filha está viva, dizia a mãe. Por isso, nós devemos conversar com ela em outro momento", contou a delegada.

O inquérito que apura o caso deve ser concluído em 30 dias. A delegada comentou que ainda espera o laudo da arcada dentária e a resposta do exame de DNA para concluir a investigação do homicídio.

Quebra de sigilo telefônico

A adolescente Maiana Vilela Mariano desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011, depois descontar um cheque em uma agência bancária, no CPA II, em Cuiabá. Desde seu sumiço a Polícia Civil ouviu dezenas de pessoas que tiveram contato com a jovem, analisou imagens de circuitos de segurança, pediu quebra de sigilo telefônico e por último monitorava os suspeitos de terem assassinado a garota.

Conforme as investigações, na tarde do dia 21 de dezembro o empresário pediu para a adolescente levar R$ 400 para o caseiro da chácara da família, na região do Altos da Glória. Mas na verdade quem estava aguardando a menina era o suspeito de ser o assassino e não o caseiro. Usando um pedaço de pano, conforme a polícia, o suspeito asfixiou a adolescente ainda na chácara e depois ocultou o corpo.

A motocicleta rosa da adolescente teria ficado com o comparsa que ajudou a transportar o corpo como pagamento pela ajuda. Ele também teria ficado com R$ 200 dos R$ 400 que estavam com a menina. A moto, segundo o preso, foi desmanchada.

Para a operação foram mobilizados cerca de 50 policiais civis, entre delegados, investigadores e escrivães, sendo duas equipes de policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), da Capital, com apoio do Corpo de Bombeiros, peritos e legistas da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).






Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir