Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-06-2012

Secretário da Otan pede que Rússia use sua influência junto à Síria
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, condenou nesta quarta-feira as mortes na Síria e disse que a Rússia deve utilizar sua influência junto a Damasco para conter a escalada da violência.
Secretário da Otan pede que Rússia use sua influência junto à Síria
Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da Otan

Rasmussen assinalou, em um discurso perante o Clube da Imprensa Nacional, em Canberra, durante o primeiro dia de sua visita à Austrália, que a "Rússia tem de usar sua influência na Síria para permitir uma solução política e, com isso, cumprir com suas obrigações internacionais", segundo a agência de notícias AAP.

A última iniciativa da Rússia neste conflito foi propor que a comunidade internacional organizasse de maneira urgente uma conferência de paz com o objetivo de fazer cumprir o plano de paz do mediador da ONU, Kofi Annan. A crise síria se agrava a cada dia que passa, e ontem o subsecretário-geral da ONU para as Operações de Paz, o francês Hervé Ladsous, qualificou a situação de "guerra civil".

"O que claramente está ocorrendo é que o governo da Síria perdeu grandes partes de território e várias cidades para a oposição, e que quer retomar o controle sobre essas áreas", disse Ladsous. Hoje, o secretário-geral da Otan foi questionado sobre esses comentários.

"Não sou um analista legal, portanto desde esse ponto de vista não sei se podemos qualificar o que acontece como uma guerra civil", respondeu o político dinamarquês, antes de acrescentar, porém, que a situação "é muito séria e foram vistos atos tremendos perpetrados pelo regime e pelas forças leais ao regime".

Rasmussen insistiu que a solução não é uma eventual intervenção militar na Síria, porque sua complexidade política, étnica e religiosa faria com que a operação fosse mais complexa que a efetuada na Líbia. Segundo dados da ONU, mais de 10 mil pessoas morreram na Síria desde o começo das manifestações contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011.

Fonte: terra.com.br
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir