Categoria Geral  Noticia Atualizada em 21-06-2012

Cidades-sede correm o risco de não ter turistas suficientes para a rede hoteleira após a Copa
Capitais terão mais quartos disponíveis do que a demanda poderá utilizar
Cidades-sede correm o risco de não ter turistas suficientes para a rede hoteleira após a Copa
Foto: noticias.r7.com

Pelo menos cinco das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 correm o risco de ter, após a competição, mais quartos de hotéis do que turistas dispostos a ocupá-los. É o que aponta o levantamento do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), divulgado nesta semana, em São Paulo.

O Placar da Hotelaria, feito pela empresa de consultoria Hotel Invest, projeta para Cuiabá, Belo Horizonte, Brasília, Manaus e Salvador baixas taxas de ocupação a partir de 2015. Rio de Janeiro e São Paulo, por outro lado, apresentam boas perspectivas de demanda para os novos empreendimentos.

No total, o levantamento mostra um crescimento de 5,4% da oferta de leitos, em comparação com o levantamento anterior, de outubro de 2011. Até 2015, estão previstos 21.143 novos apartamentos na rede de hotelaria.

— É importante garantir acomodação para os visitantes que participarão da Copa do Mundo, mas não à custa de investidores incautos. O prognóstico ainda se mostra convidativo. Espera-se crescimento considerável da demanda em diversos mercados, motivado também pela elevação e melhor distribuição da renda nacional.

De acordo com o estudo, Belo Horizonte é uma das cidades com maior risco de superoferta, tendo em vista que a quantidade de quartos em 2015 quase dobrará em relação ao número atual, passando de 6,2 mil para 12 mil. Com isso, a taxa de ocupação que, no ano passado, estava em 70% nos hotéis econômicos, poderá cair para 49%. Nos quartos de padrão médio também pode haver redução, de 67% para 43%.

Outra situação apontada como crítica pelo documento é a de Cuiabá, que teria a taxa de ocupação reduzida de 65% para 49% em 2015. Segundo estimativa do FOHB, o número de quartos disponíveis na capital matogrossense aumentará de 1,7 mil para 2,7 mil.

Em Manaus, a taxa de ocupação pode cair de 68% para 59% nos hotéis econômicos e de 63% para 56% nos de nível padrão (médio). O estudo prevê, ainda, que Brasília terá 2,2 mil novos apartamentos até 2015, fazendo com a taxa de ocupação caia de 64% para 57%. Em Salvador, a redução será menor nos hotéis econômicos, de 66% para 64%. Nos hotéis de nível padrão, no entanto, a taxa de ocupação deve cair de 66% para 59%.


Rio de Janeiro e São Paulo, que já apresentam elevadas taxas de ocupação, permanecem como boas opções de investimento para a indústria hoteleira, aponta o estudo. Nos hotéis econômicos da capital fluminense, por exemplo, que atualmente têm taxa de ocupação de 84%, a expectativa é de elevação para 88%. Também é esperado crescimento nas taxas dos hotéis de luxo (alto padrão), de 70% para 75%. Nas acomodações de padrão médio, por outro lado, a previsão é queda de 77% para 68%.

São Paulo, que tem um oferta hoteleira atual de 37,7 mil quartos, passará para 38,7 mil em 2015. A demanda deve sustentar esse crescimento em todas as categorias, segundo estimativa publicada no Placar da Hotelaria. No geral, estima-se uma taxa de ocupação de 79% em 2015, elevação de 11 pontos percentuais em comparação com o índice atual (68%).

Porto Alegre, mesmo com o aumento da oferta decorrente dos investimentos para a Copa do Mundo, não deve sentir mudanças na taxa de ocupação que, segundo o estudo, deve se manter em 70% até 2015.



Fonte: noticias.r7.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir