Categoria Politica  Noticia Atualizada em 26-06-2012

CPI do Cachoeira ouve três depoimentos sobre venda de casa de Perillo
Duas testemunhas pediram à Justiça e conseguiram o direito de ficarem caladas
CPI do Cachoeira ouve três depoimentos  sobre venda de casa de Perillo
Foto: veja.abril.com.br

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados ouve nesta terça-feira (26) três depoimentos relacionados à venda da casa onde o bicheiro foi preso, em fevereiro deste ano. O imóvel, situado em um condomínio de luxo em Goiânia (GO), pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Serão ouvidos o ex-assessor de Perillo Lúcio Fiúza Gouthier, que teria presenciado o pagamento do imóvel; Écio Antônio Ribeiro, um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações, em nome da qual a casa foi registrada em um cartório em Trindade (GO); e Alexandre Milhomen, arquiteto que trabalhou na reforma da residência.

Gouthier e Ribeiro obtiveram do STF (Supremo Tribunal Federal) garantia de cumprimento do direito constitucional de permanecer em silêncio sempre que julgarem que a reposta pode incriminá-los.

A ministra Rosa Weber concedeu a Gouthier o direito ao silêncio; o direito à assistência por advogado; o direito de não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade ou de subscrever termos com esse conteúdo; e o direito de não sofrer constrangimentos físicos ou morais decorrentes do exercício dos direitos anteriores.

Gouthier queria também, mas não obteve, o direito de acesso a todo o material probatório já produzido na investigação e a presenciar e acompanhar toda a produção de provas no curso da referida CPMI.

Ele argumentou que, apesar de ter sido convocado a prestar depoimento na condição de testemunha, a comissão aprovou a quebra de seus sigilos fiscal e bancário, fato que, por si só, alteraria sua condição de depoente para a de investigado.

Já o ministro Cezar Peluso concedeu a Ecio Ribeiro o direito de se fazer acompanhar de advogado e o direito de não ser preso em decorrência da invocação do direito constitucional de não se autoincriminar, com a prerrogativa de permanecer em silêncio.

A reunião terá início às 10h15 na sala 2 da ala Nilo Coelho, no Senado, e será transmitida ao vivo pelo R7.



Fonte: noticias.r7.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir