Categoria Politica  Noticia Atualizada em 28-06-2012

Nenhum pedido de Cachoeira ou da Delta foi atendido, diz ex-auxiliar de Agnelo
Monteiro admitiu ter recebido o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste Cl�udio Abreu, mas disse que o encontro foi realizado para tratar da presta��o de servi�o de coleta e tratamento de lixo, contrato que a empresa tinha por licita��o feita pelo governo ant
Nenhum pedido de Cachoeira ou da Delta foi atendido, diz ex-auxiliar de Agnelo
Foto: tuliolemos.com.br

Cl�udio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), disse na CPMI do Cachoeira que nenhum pedido relacionado ao esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira ou � empreiteira Delta foi atendido pelo governo petista.

Em resposta ao senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que citou trechos de intercepta��es telef�nicas sobre pedidos feitos a ele, Monteiro respondeu: "Para haver uma irregularidade tem que haver causa e efeito. Foram feitos pedidos, mas nenhum foi atendido. N�o houve o efeito, � isso que me defende", disse ele.

Monteiro admitiu ter recebido o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste Cl�udio Abreu, mas disse que o encontro foi realizado para tratar da presta��o de servi�o de coleta e tratamento de lixo, contrato que a empresa tinha por licita��o feita pelo governo anterior. "Ningu�m sabia �quela �poca que era uma empresa inid�nea", disse.Segundo Monteiro, n�o houve nenhuma conversa sobre sistemas de bilhetes eletr�nicos no transporte p�blico do DF. Escutas telef�nicas da PF d�o conta de que havia um plano da organiza��o de fraudar licita��es nessa �rea. Duas reuni�es, segundo Monteiro, ocorreram por uma reclama��o da Delta de que o governo n�o estava cumprindo sua parte na infraestrutura do processamento de lixo.

Ele negou tr�fico de influ�ncia de sua parte, embora tenha admitido amizade com alguns investigados pela PF e pela Pol�cia Civil do DF. Ele admitiu ter rela��o de amizade com Jo�o Carlos Feitoza, seu indicado para o cargo de subsecret�rio de Esportes, e Marcello Lopes, amigo e auxiliar de campanha, que trabalhava como seu seguran�a. Os dois foram convocados para depor hoje, mas obtiveram habeas corpus no STF para permanecer em sil�ncio.

Monteiro tamb�m admitiu que seu filho, Jo�o Claudio Monteiro, tinha contratos com a Delta para aluguel de ve�culos destinados ao transporte de res�duos s�lidos. No entanto, ele disse que essa presta��o de servi�o n�o era de sua responsabilidade no governo e que isso nunca foi discutido com o governo ou com a Delta.

Ele disse que tinha um relacionamento superficial com Idalberto Martins, o Dad�, apontado pela PF como o espi�o de Cachoeira. Disse que Dad� o ajudou na campanha e que havia comparecido a um evento promovido por ele em apoio ao handball.

Vender prest�gio

Citado em escutas telef�nicas como poss�vel facilitador do esquema de Cachoeira, o ex-chefe de gabinete atribuiu a cita��o do seu nome por dezenas de vezes nas intercepta��es telef�nicas da Pol�cia Federal a pessoas que queriam vender prest�gio.

"Algumas pessoas querem mostrar t�m bom relacionamento e que podem agir como facilitadoras de neg�cios", disse. Afirmou que algumas pessoas chegam a ir para a antessala de uma autoridade e ficam fazendo liga��es de l�. "Dizem: estou aqui na antessala de fulano. Realmente est�o, mas n�o foram l� para pedir audi�ncia, s� para telefonar", afirmou.

Fundador e primeiro presidente do Sindicato de Policiais Civis do DF, candidato derrotado a deputado distrital pelo PRP, Monteiro disse que tomou a decis�o de deixar a chefia de gabinete do governador para n�o haver nenhum impedimento � investiga��o. Ele afirmou que entregou os dados dos seus sigilos ao Minist�rio P�blico. "A mim interessa a apura��o", disse.

Monteiro disse tamb�m que entrou na Justi�a contra as pessoas que envolveram seu nome: Idalberto Matias, Cl�udio Abreu e um delegado da Pol�cia Federal.



Fonte: jb.com.br
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir