Categoria Geral  Noticia Atualizada em 06-07-2012

EUA querem que resolução da ONU sobre transição síria ameace sanções
Grupo de amigos da Síria discute provável governo pós-Assad. Rússia e China divergem da posição ocidental sobre a crise política.
EUA querem que resolução da ONU sobre transição síria ameace sanções
Foto: g1.globo.com

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta sexta-feira (6) na conferência de Amigos do Povo Sírio, em Paris, uma resolução da ONU sobre a transição na Síria com ameaças de sanções.

"É necessário recorrer ao Conselho de Segurança e exigir a aplicação do plano de Genebra assinado por Rússia e China", declarou Clinton a respeito do acordo sobre uma transição política na Síria.

"Precisamos pedir uma resolução que defina as consequências no caso do plano não ser respeitado, inclusive sob o amparo do capítulo VII", completou.

Uma resolução sob o capítulo VII da Carta das Nações Unidas prevê sanções ou eventualmente recorrer à força contra os que não respeitam o texto.

"Pediremos uma resolução do Conselho de Segurança sob o capítulo VII incorporando o protocolo de Genebra", declarou o chefe da diplomacia britânica, William Hague.

No fim de semana passado em Genebra, em uma reunião do grupo de ação para a Síria, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) concordaram com o princípio de uma transição com um novo governo que inclua representantes do regime e da oposição, mas sem mencionar explicitamente a saída do presidente sírio Bashar al Assad.

Desde então, as interpretações sobre o acordo divergiram radicalmente. Para as potências ocidentais, o plano implica uma transição sem Assad, mas Moscou e Pequim, aliados de Damasco, afirmam que corresponde aos sírios determinar seu futuro.

China e Rússia não aceitam uma resolução sob o amparo do capítulo VII.

Clinton acusou os dois países, que boicotam a reunião de Paris, de "bloquear" os progressos na Síria.

"Não basta vir a uma reunião dos Amigos da Síria, a única forma de obter resultados é que cada país representado aqui faça Rússia e China compreender que há um preço a pagar", argumentou.


A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, durante encontro de amigos da Síria nesta sexta-feira (6)




Fonte: g1.globo.com
 
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