Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-07-2012

Após ser arrastado por 4 km, vira-lata pode ser sacrificado em MS
Animal está com suspeita de leishmaniose e centro aguarda novo exame. Cão Scooby foi acorrentado a uma moto e levado pelo dono ao CCZ.
Após ser arrastado por 4 km, vira-lata pode ser sacrificado em MS
Foto: g1.globo.com

O vira-lata Scooby que foi amarrado e arrastado por quatro quilômetros em Campo Grande, pode ser sacrificado caso um exame ateste que ele está com leishmaniose. O animal já foi submetido a um teste rápido que confirmou a doença, mas outra avaliação foi feita e o resultado deve sair nesta terça- (10).

Scooby foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) na segunda-feira (9) e virou caso de polícia quando a médica veterinária do órgão acionou a Polícia Civil após contatar como o animal foi levado ao CCZ: um homem de 57 anos usou uma corrente para prender o cão em uma motocicleta e o puxou por aproximadamente quatro quilômetros até a sede do centro.

O dono de Scooby estava acompanhado do genro, de 43 anos, e levou o vira-lata por conta da suspeita de leishmaniose. O caso foi registrado como maus-tratos. Eles disseram à veterinária que não achou que isso pudesse machucar o cão, pois conduziu a moto devagar.

A diretora do CCZ, Júlia Maksoud, disse ao G1 que o cachorro está recebendo tratamento clínico para os ferimentos que sofreu e medicamento carrapaticida. Ontem, o cachorro já passou pelo teste rápido que atestou a leishmaniose, mas o sangue de Scooby foi coletado e enviado para laboratório. O resultado deve sair hoje à tarde. "Se o segundo teste for positivo, ele será eutanasiado, conforme as normas do Ministério [Saúde]", explicou. Caso o resultado seja negativo, não será feita contraprova e o animal continuará sendo tratado das lesões e poderá ser destinado a adoção.

Adoção

Depois que o caso de Scooby foi divulgado, a ONG Abrigo dos Bichos comunicou que irá enviar um ofício requerendo a guarda do animal, para que ele seja tratado em uma clínica veterinária, mesmo que seja comprovada a leishmaniose.

A advogada da instituição, Danielli Bueno, disse que a ONG trabalha com tratamento da doença. "Mesmo que seja diagnosticada a leishmaniose, a instituição propõe que a pessoa interessada em adotar o animal assine um termo de responsabilidade e, assim, se comprometa a tratar da doença".

Júlia Maksoud disse que, enquanto não sair o resultado definitivo do exame, o cachorro não será colocado para adoção, independentemente de qualquer pedido. A diretora do CCZ ratifica que, comprovando a doença, ele será eutanasiado.










Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir