Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 11-07-2012

Agência Europeia alerta sobre riscos de alta quantidade de lixo espacial
De 6 mil satélites lançados, apenas mil continuam em operação, diz ESA. Material em órbita tem alto potencial destrutivo para equipamentos.
Agência Europeia alerta sobre riscos de alta quantidade de lixo espacial
Foto: g1.globo.com

Uma nave espacial tripulada se choca com um pedaço de lixo espacial e fica orbitando à deriva. Esse é o tema do filme "Gravity", estrelado por George Clooney, com data de lançamento prevista para 2013, que fez a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciar com preocupação que esta é possibilidade real.

Em comunicado, o órgão aponta que dos mais de 6 mil satélites lançados desde o começo da era espacial, menos de mil seguem operacionais, enquanto o restante entrou novamente na atmosfera ou segue em órbita abandonado.

A situação, de acordo com a agência, significa um alto risco da geração de novos fragmentos de lixo espacial, caso as baterias ou o combustível desses equipamentos causem explosões.

Sobre o potencial destrutivo do material que está em órbita, a ESA explicou que um parafuso, com cerca de dois centímetros que sobrevoe a Terra a uma velocidade de 7,5 quilômetros por segundo pode destruir um satélite.

A entidade apontou ainda que mesmo não se lançando novos satélites, as simulações mostram que os níveis de fragmentos em órbita seguiriam aumentando. Por isso, a ESA criou a iniciativa "Clean Space" (espaço limpo, em livre tradução do inglês).

A agência investiga métodos que contribuam para minimizar o impacto das atividades especiais europeias, reduzindo a geração de resíduos tanto na Terra como no espaço. Os projetos incluem controlar o impacto das tecnologias espaciais sobre o meio ambiente, desde seu desenho e fabricação até sua eliminação no fim de sua vida útil.

Entre os novos processos industriais que se incluem nessa filosofia, por exemplo, estão métodos inovadores de soldagem, por exemplo, que permitem o uso de menos materiais e menos energia, para produzir resultados de maior qualidade.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir