Categoria Policia  Noticia Atualizada em 16-07-2012

Mulheres presas em MS fazem parte da "gangue das morenas", diz polícia
Suspeitas aplicavam golpes e furtavam cartões retidos em caixas de banco. Elas já teriam feito 7 vítimas e furtaram R$ 140 mil de uma delas.
Mulheres presas em MS fazem parte da
Foto: g1.globo.com

As jovens de 19 e 25 anos, presas como suspeitas de aplicar golpes e furtar cartões de clientes em caixas eletrônicos em Campo Grande, fazem parte da quadrilha que vem sendo chamada pala Polícia Civil de "gangue das morenas". Na manhã desta segunda-feira (16), o delegado Márcio Obara, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), disse ao G1 que as mulheres já teriam atuado em 7 agências da capital, todas do Banco do Brasil.

Segundo Obara, as suspeitas já teriam feito 7 vítimas, sendo que de uma delas elas chegaram a furtar R$ 140 mil. "Com o cartão do cliente, elas adquiriram passagens aéreas para São Paulo e fizeram transferências bancárias, efetuaram saques e outras compras", explicou.

A Polícia Civil acredita que outras duas pessoas, que ainda estão foragidas, atuavam nos furtos e golpes em Campo Grande. "Provavelmente um outro integrante se passava pelo atendente do banco e outro dava apoio para a ação, instalava os equipamentos e também selecionava as agências onde os golpes seriam aplicados", relatou o delegado.

As investigações começaram a ser feitas pelos Garras há seis meses, quando foram registrados os primeiros casos de golpes e furtos de cartão em caixas eletrônicos de Campo Grande.

Em depoimento, a dupla relatou que esta foi a 6ª vez que elas praticaram o golpe, sendo que três vezes foram em Campo Grande e três em outras capitais. De acordo com levantamento feito pela Polícia Civil, elas estiveram em Porto Alegre (RS) na última semana.

Ainda segundo o delegado, a "gangue das morenas" é uma quadrilha bem estruturada que age em diversas capitais do país e principalmente na capital paulista. "Os integrantes são organizados e cada um deles tem uma função dentro do esquema".

As suspeitas devem ser indiciadas por tentativa de furto, furto qualificado e formação de quadrilha. Elas serão encaminhadas para o presídio feminino de Campo Grande.

Prisão

A dupla foi presa em flagrante na tarde de sábado (14), após aplicar o golpe e tentar furtar o cartão de um homem, de 59 anos, em uma agência bancária na avenida Mato Grosso, em Campo Grande.

De fora da agência, os policiais viram as mulheres conversando com a vítima. Em seguida, elas saíram do local, seguiram caminhos diferentes e foram abordadas pela equipe do Garras.
Na agência, os policiais encontraram o homem falando ao celular, no momento em que repassava dados pessoais e senhas para a atendente.

No celular em que as suspeitas estavam hospedadas os policiais encontraram dispositivos de retenção de cartão, além de folders com adesivos falsos que indicavam números de atendimento ao cliente que eram direcionados para a quadrilha de golpistas.

Golpe

Segundo a Polícia Civil, o golpe inicia-se com a instalação de um dispositivo que retem o cartão dos clientes na boca do caixa eletrônico. Quando o usuário utiliza o terminal e percebe que o cartão está preso, é abordado por uma mulher oferece ajuda e procura auxiliá-lo, mas ao invés disso empurra ainda mais o cartão.

Em seguida, uma segunda mulher mostra um folder falso do banco e oferece o celular para ligar para o número da Central de Atendimento ao Cliente, que consta no informativo. Outro integrante da quadrilha atende a ligação e se passa por funcionário do banco. Ele pega todas as informações do cliente, inclusive a senha da conta bancária.

Pouco depois, o falso atendente retorna a ligação para confirmar os dados da vítima e informar que o cartão já está bloqueado. Então o cliente vai embora. Após aplicar o golpe, outro integrante da quadrilha volta para pegar o cartão e o dispositivo de retenção.

Ainda segundo a Polícia Civil, os golpes e futos são realizados nos fins de semana, quando não há grande movimento e nem seguranças armados nas agências bancárias.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir