Categoria Geral  Noticia Atualizada em 18-07-2012

Pais de menina morta em resort querem indenização de R$ 5,8 milhões
Valor é de mil vezes o preço do pacote de férias pago pelos pais da menina. Maria Eduarda, de 4 anos, morreu afogada em piscina na Bahia.
Pais de menina morta em resort querem indenização de R$ 5,8 milhões
Foto: g1.globo.com

Os advogados dos pais da menina Maria Eduarda, morta afogada na piscina de um resort na Costa do Sauípe, no litoral da Bahia, entrarão na Justiça com pedido de indenização de R$ 5,8 milhões. Em entrevista nesta quarta-feira (18), em São Paulo, o advogado José Beraldo afirmou que houve negligência por parte dos proprietários e dos salva-vidas do Complexo Costa do Sauípe.

Representantes do resort, porém, negam essa versão. Em nota, o complexo afirmou que havia salva-vidas no local e que ela foi atendida por um profissional ainda na beira da piscina. Em 12 de julho, um dos salva-vidas disse à Polícia Civil baiana que estava na área, mas percebeu algo de errado apenas pela movimentação dos hóspedes que a socorriam.

De acordo com Beraldo, o valor da indenização por danos morais é de mil vezes o preço do pacote pago por seus clientes pela estada - cerca de R$ 5,8 mil.

A vítima, de 4 anos, morreu em 9 de julho ao cair na piscina de adultos do resort. O pai dela, Rogines Alves, afirmou que tomava conta dela e do outro filho, de 10 anos, e num momento de distração não a viu mais.

Segundo Rogines, não havia nenhum salva-vidas na área da piscina no momento do acidente. "Quem socorreu foi um hóspede, que fez massagem [cardíaca] e respiração boca a boca", disse o pai da menina. "O socorro demorou mais de cinco minutos para chegar."

Investigações

Beraldo pretende seguir com sua equipe de advogados para a Bahia neste fim de semana para pedir mais rigor nas investigações. "Nós queremos realmente que sejam todos ouvidos, funcionários, salva-vidas, hóspedes. Queremos as imagens das câmeras de segurança do resort."

De acordo com o advogado, da parte da vítima, apenas a mãe da criança foi ouvida rapidamente, no aeroporto de Salvador, momentos antes de embarcar para São Paulo - a família mora em Poá, na região metropolitana. O pai não chegou a prestar depoimento por conta do horário de seu voo.

Questionada sobre como está sua vida agora, a mãe da menina, Dagmar Ribeiro, contou que está "sem ânimo". "Não tem dor maior. Só quem passou por isso sabe a dor que é", disse. "Parece que a vida acaba aqui. Mas preciso aceitar, pelo meu outro filho."

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir