Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-07-2012

Professora que sugeriu "varada" defende castigo
Educadora enviou carta a pais de aluno em Sumar� (SP) em junho. Docente defende uso de varas e cinta quando outras alternativas falham.
Professora que sugeriu
Foto: g1.globo.com

A professora de portugu�s de Sumar� (SP) que em junho deste ano enviou um bilhete aos pais de um aluno sugerindo o uso de "cintadas" e "varadas" como forma de educar o filho disse que n�o devia ter escrito a carta. A educadora Lilian Nazari contou que tamb�m quer voltar a dar aulas na Escola Municipal Jos� de Anchieta, de onde foi afastada da fun��o. Ela defende o uso de "varadas" quando outras alternativas, como conversa e castigos, falham.

Segundo a professora, o pai do aluno, o comerciante Andr� Luis Ferreira Lima, agiu contra a lei ao divulgar o bilhete enviado por ela. "Isso � viola��o de correspond�ncia", afirma. Lilian alega que os pais tentaram transmitir a ela uma responsabilidade na educa��o do garoto que n�o lhe pertencia. "Eles n�o souberam resolver os problemas de comportamento do filho e passaram para mim, eu voltei para as m�os deles e o que fizeram? Jogaram para todo o Brasil", conta.

Problemas com o aluno
A professora explica que escreveu o bilhete em um momento de aborrecimento com o aluno. "Ele colocou um papel escrito �sou gay, chute-me� nas costas de um colega, eu me enfureci, fiquei muito transtornada, foi uma discrimina��o", explica. Ap�s a repercuss�o, ela se arrepende do envio do bilhete. "Eu concordo com os psic�logos, n�o adianta bater em um garoto aos 12 anos, tinha que ter feito antes, isso se resolve de pequeno. Eu n�o devia ter escrito o bilhete", explica.

De acordo com Nazari, o aluno j� havia causado alguns problemas em sala de aula. "Ele se envolveu em brigas, escondia o caderno dos colegas, quebrava a caneta deles. Mandei muitos outros bilhetes para os pais e nunca tive resposta deles", disse.

Educa��o
Nazari n�o tem filhos, mas recebeu algumas "varadas" da m�e quando crian�a e aprova a atitude. "Era com uma vara fininha e ela dava tr�s batidas nas minhas pernas, na hora ardia, mas dali a pouco os verg�es passavam e eu deixei de aprontar". Ela recorda que apanhou at� os sete anos de idade e depois n�o foi mais necess�rio.

Mudan�a na rotina
Ap�s a divulga��o do bilhete no dia 25 de junho a educadora afirma que n�o deixou de lecionar, ao contr�rio do que informou a Secretaria da Educa��o de Sumar� em junho, mas foi transferida para outro col�gio. Al�m da mudan�a do local de trabalho, ela tamb�m passou a receber o apoio de alunos e ex-alunos. "Eles me abra�am na rua, falam que eu agi certo, agora por onde eu passo noto que as pessoas ficam comentando", conta.

Cinco advogados entraram em contato com Nazari oferecendo os servi�os caso quisesse entrar com a��es judiciais contra o col�gio, o secretario da educa��o de Sumar� e os pais do aluno. "N�o quero entrar na Justi�a, n�o pretendo me indispor com ningu�m, quero paz", diz.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir