Grupos que rejeitam o último resultado eleitoral no México protestaram na quinta-feira diante da sede da emissora Televisa, que acusam de trabalhar a favor do retorno ao poder do Partido Revolucionário Institucional (PRI) para recuperar privilégios.
Foto: noticias.terra.com "O protesto responde à manipulação midiática que cotidianamente realiza esta empresa, e em particular durante o passado processo eleitoral, ao desempenhar um papel para favorecer a imposição do "priista" Enrique Peña Nieto (como presidente)", afirma um manifesto do movimento estudantil #YoSoy132. No total, 7.000 compareceram ao protesto, que foi observado de perto por um grande dispositivo policial.
Os manifestantes pretendem permanecer por 24 horas nas proximidades da sede da emissora, impedir a entrada de funcionários e protestar por ocasião da transmissão da abertura dos Jogos Olímpicos de Londres.
"Exigimos a democratização da propriedade dos meios de comunicação. É indispensável se queremos uma real democracia. Vamos convocar assembleias populares, de bairro, para resistir à imposição presidencial", afirma o manifesto.
"Televisa e PRI transformaram esta eleição em um referendo ao redor da telecracia. E são os jovens, as audiências do futuro, os eleitores deste ano, que tomaram a praça pública", afirmou o jornalista Jenaro Villamil.
O #YoSoy132 surgiu em maio como reação à cobertura que Televisa, a concorrente TvAzteca e outros veículos da imprensa fizeram de um protesto na Universidade Iberoamericana contra Peña Nieto, que segundo o resultado oficial recebeu 38,2% dos votos na eleição presidencial de 1 de julho, superando o esquerdista Andrés Manuel López Obrador (31,6%).
Fonte: noticias.terra.com
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