Categoria Politica  Noticia Atualizada em 28-07-2012

Roberto Jefferson liga surgimento de tumor ao mensalão
O ex-deputado Roberto Jefferson, delator do mensalão, afirmou que o surgimento do tumor no pâncreas se deve à pressão que sofre desde que denunciou o esquema, em 2005.
Roberto Jefferson liga surgimento de tumor ao mensalão
Foto: iguatunoticias.com

"Isso é pressão, é pau. Foi um para-choque meu. Tensão, pressão, sofrimento. Tem um lugar em que explode. Eu somatizei", disse. Amanhã, ele será submetido a uma cirurgia, no Rio de Janeiro. Segundo seus médicos, as chances de cura são de 60% a 70%, caso não sejam descobertas metástases em outros órgãos. Na próxima quinta-feira, o atual presidente nacional do PTB começará a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é um dos 38 réus da ação que investiga o maior escândalo do governo Lula. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

"Não é consequência do julgamento, é a briga toda. As pressões todas do processo, a cassação, a luta." Depois de denunciar o escândalo, Jefferson foi alvo de três Comissões Parlamentares de Iquérito (CPIs), teve o mandato cassado e perdeu os direitos políticos. "Todo o processo público é muito sofrido. Você vai a locais públicos e tem pessoas que entendem e pessoas que não entendem", disse. Ele foi incluído entre os réus do processo por ter recebido R$ 4,5 milhões do esquema de Marcos Valério. No entanto, nega ter participado da venda de apoio ao governo no Congresso e diz que o PT repassou o dinheiro para cobrir gastos eleitorais do seu partido em 2004. O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.

No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.

Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.

O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.

Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.

Fonte: noticias.terra.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir